Parque Natural Municipal Dom Nivaldo Monte
Parque Natural Municipal Dom Nivaldo Monte |
Esfera Administrativa: Municipal |
Estado: Rio Grande do Norte |
Município: Natal |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 64 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto municipal nº 8.078, de 13.12.2006, modificado pelo decreto municipal nº 8.093, 02.01.2007. |
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (SEMURB), Prefeitura Municipal do Natal. |
Contatos: (84) 3232-3209 |
Índice
Localização
O Parque está situado na Zona de Proteção Ambiental 1 (ZPA-1), e abrange os bairros de Pitimbú, Candelária e Cidade Nova, em Natal-RN.
Como chegar
O acesso se dá pela Avenida Omar O’grady, 8080 (prolongamento da avenida Prudente de Morais), no bairro de Candelária - Natal/RN.
Ingressos
A entrada é gratuita, das 5h às 18h, de domingo a domingo. O visitante pode usufruir das trilhas ecológicas, pavimentadas e interligadas, e das trilhas interpretativas que adentram na mata.
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
O Parque Natural Municipal Dom Nivaldo Monte tem como objetivos garantir a preservação da diversidade biológica e o equilíbrio dos ecossistemas em um dos principais aquíferos da cidade de Natal, contribuindo ainda com a conscientização ambiental da população. As atividades de pesquisa, educação ambiental, visitação, recreação e turismo promovem um contato dos visitantes com a natureza, sendo estes os principais focos de utilização do parque, de forma a contribuir para o desenvolvimento sustentável, a manutenção da integridade ambiental e cultural da região, além de incentivar o interesse da população em proteger o ambiente.
Histórico
O Parque da Cidade foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer com a colaboração de Ana Niemeyer e Jair Varela. A obra foi iniciada no final do ano de 2006 e orçada no valor de R$ 17 milhões. O macrozoneamento proposto no Plano Diretor de Natal estabeleceu as Zonas de Proteção Ambiental, as quais foram previstas para viabilizar a proteção dos aspectos naturais e culturais da cidade. O Parque, além de ser uma primeira experiência de gestão em ZPA, pode desempenhar a função de espaço destinado ao lazer ecológico, cultural e equipamento estratégico de promoção da educação ambiental.
Em homenagem a Dom Nivaldo Monte, Administrador Apostólico de Natal. Por ser um homem da terra, amante da natureza, dedicado à botânica, que deixou como herança um admirável exemplo de vida, por seu apostolado em nome da paz, o Parque da Cidade do Natal recebeu seu nome. Fundador da Escola de Serviço Social de Natal, a segunda do Nordeste. Também foi professor, escritor e membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.
Atrações
O Parque da Cidade do Natal possui: -Praça: local destinado a eventos e lazer. -Torre: estrutura de projeção aproximada de 617,71 com 45m de altura, destinada a abrigar memorial e mirante. -Centro de Visitantes: uma edificação horizontal que concentra as seguintes atividades: Administração (gerenciamento do Parque, serviços administrativos e guarda florestal); Centro de Educação Ambiental (CEA, com salas de aula para realização de oficinas de reciclagem e artes); Manejo Ambiental: Planejamento e Gerenciamento da Unidade de Conservação; Biblioteca com um grande acervo acerca do meio ambiente; Auditório com capacidade para 200 pessoas; -Foyer (local para eventos artístico-culturais); -Guarda Ambiental -Duas entradas com guarita e estacionamento para acesso de pedestres e veículos -Trilhas Ecológicas: existem dois tipos de trilhas no Parque da Cidade: as trilhas ecológicas, pavimentadas e interligadas, e as trilhas interpretativas que adentram na mata.
Aspectos naturais
Situado na Zona de Proteção Ambiental – 1 (ZPA-1) o Parque Natural Municipal Dom Nivaldo Monte é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral criada pelo Decreto Municipal N. 8.078/06, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais.
A vegetação local, reconhecida como um remanescente da Mata Atlântica, associada a algumas espécies características do cerrado e da caatinga, constituem uma área que serve de abrigo para os animais silvestres, alguns deles endêmicos do RN e outros em vias de extinção, além de repercutir positivamente no microclima da cidade.
Relevo e clima
Os terrenos possuem suaves ondulações, representados pelo tabuleiro costeiro constituído pela Formação Barreiras, que se apresenta de forma pontual na área, e o relevo de colinas elevadas que correspondem aos campos dunares (Dunas fixas e Dunas móveis). As temperaturas mais amenas ocorrem entre os meses de julho a agosto, com médias em torno dos 24,5ºC e as mais elevadas ocorrem entre os meses de dezembro a março, com médias em torno dos 27ºC. Aproximadamente 72% da precipitação anual ocorrem durante o período de março a julho (acima de 180 mm mensais), ao passo que o período mais seco do ano ocorre de outubro a dezembro, cujas precipitações são inferiores a 30 mm. A principal quadra chuvosa ocorre nos meses abril, maio, junho e julho, com precipitações acima de 200 mm mensais. Nota-se a ocorrência de uma gradual diminuição da temperatura média durante a quadra chuvosa.
Fauna e flora
Na área há ocorrência de 18 espécies de mamíferos, 65 de aves, 12 espécies de lagartos, duas de anfisbênias e duas de anfíbios. Destacam-se, entre as aves, os registros de periquito-da-caatinga (Eupsittula cactorum), chorozinho-da-caatinga (Herpsilochmus sellowi) e cardeal-do-nordeste (Paroaria dominicana), espécies endêmicas de Caatinga, e chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoralis), que é endêmico de Mata Atlântica. Esta última espécie é considerada ameaçada de extinção. O lagartinho-de-folhiço (Coleodactylus natalensis), espécie endêmica e ameaçada, é símbolo dos remanescentes florestais da cidade (Lei municipal 6.438/2014).
A vegetação nativa compreende os seguintes tipos: Floresta Estacional Semidecidual, Restingas Arbustivas densa e esparsa e Savana Arborizada. Esse conjunto vegetacional é composto por cerca de duas centenas de espécies, sendo 31 espécies de árvores, 47 de arbustos e 63 de ervas, parte delas amplamente distribuídas pelas matas e savanas brasileiras, enquanto outras são exclusivas do bioma Mata Atlântica. A Savana Arborizada é remanescente do bioma Cerrado, como testemunho do tipo de vegetação relictual que ocupava a região num passado recente e que hoje está quase totalmente devastada pela ação humana, sobretudo no município de Natal e arredores. Espécies típicas são lixeira (Curatella americana), bati-bravo (Ouratea hexasperma), murici-do-campo (Byrsonima crassifolia), campineiro (Hirtella racemosa) e mangabeira (Hancornia speciosa). Dentre as espécies em perigo de extinção, estão pau-d’arco-roxo (Tabebuia impetiginosa), goiti-trubá (Pouteria grandiflora) e pau-brasil (Caesalpinia echinata).
Problemas e ameaças
A fragmentação é um dos grandes problemas para a conservação da biodiversidade, e também se aplica ao Parque da Cidade do Natal. Integrar esse importante fragmento de espaço natural aos demais fragmentos existentes no município é a principal meta para sua conservação.
As constantes mudanças na gestão municipal fragilizam e impedem ações em longo prazo na UC. Algumas estruturas e serviços, tais como a torre e o espaço de educação ambiental, encontram-se inacessíveis aos visitantes. Ainda não há conselho gestor da UC e o plano de manejo não vem sendo implantado efetivamente.
A área sofre com queimadas, lixo e espécies invasoras. São constantes os ataques dos gatos abandonados no entorno da UC sobre a fauna nativa.
Fontes
http://www.natal.rn.gov.br/parquedacidade
Plano de Manejo da ZPA-1