Mudanças entre as edições de "Estação Ecológica de Maracá"

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Ao ser informado no final da década de 70 do interesse de se construir um presídio na ilha de Maracá e conhecendo a importância ecológica das ilhas para conservação da biodiversidade, ele providenciou uma visita técnica e um sobrevoo ao local. Logo em seguida, propôs a criação na área Estação Ecológica de Maracá, juntamente com outras sete estações ecológicas. Até então, não existia no País nenhuma categoria de unidade de conservação voltada à pesquisa científica.
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|Natural aspects=A unidade de conservação está inserida no bioma amazônico, em área de transição floresta-lavrado (savana). Possui ecossistemas de floresta tropical úmida, floresta estacional semidecidual (floresta monodominante de roxinho - Peltogyne) e três categorias de lavrado (savana). Conta ainda com buritizais, vegetação sobre afloramentos rochosos e vegetação aquática em lagos sazonais.
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O clima é equatorial quente e úmido.
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|Fauna and flora=Em relação à fauna,  avefauna está atualmente compondo uma lista de 446 espécies e estas estão distribuídas em floresta  e savanas. A riqueza de espécies de aves em Maracá apóia a hipótese de que a riqueza de aves na Amazônia é maior nas margens do que no centro desta região.  A comunidade de mamíferos em Maracá tem sido estudada pontualmente e os resultados dos trabalhos apontam que os roedores e carnívoros são os que mais contribuem para a riqueza local. Os registros mostram 47 espécies de morcegos, 28 espécies de pequenos mamíferos, sendo que 25 são roedores (Rodentia), 2 marsupiais (Marsupialis) e um coelho (Lagomorpha). Para os primatas são 05 espécies, dentre elas, o macaco-aranha (Ateles belzebuth belzebuth). Quanto aos carnívoros são 15 espécies, incluindo onça pintada e outros gatos menores. Há ainda citação de ocorrência de 02 espécies de boto (Cetatacea), de 11 espécies de Xenartha sendo, três tamanduás, três preguiças e cinco tatus. A fauna presente em Maracá se encontra relativamente bem protegida pela dificuldade de acesso e pelo isolamento natural do sistema de ilhas.
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A atividade de extração ilegal de ouro na região acima da Estação Ecológica de Maracá, nos rios Uraricoera e Uraricaá, também tem preocupado a equipe gestora. Além do uso de mercúrio, os garimpeiros atravessam a unidade para acessar as áreas de garimpo, transportando gasolina, diesel, graxas e lubrificantes, perturbando e prejudicando fauna e flora.
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[[Categoria:Estação Ecológica de Maracá]]

Edição atual tal como às 16h31min de 16 de agosto de 2017

Fique por dentro das novidades da Estação Ecológica de Maracá no Blog do WikiParques



Estação Ecológica de Maracá
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Roraima
Município: Alto Alegre e Amajari
Categoria: Estação Ecológica
Bioma: Amazônia
Área: 103.518,66 hectares
Diploma legal de criação: Decreto Federal nº 86.061 de 2 de junho de 1981.
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio.
Contatos: Unidade de Conservação:

Endereço: Rua Alfredo Cruz, 283 - centro - Boa Vista/RR CEP: 69.301-140

E-mail: 1. esecmaraca@icmbio.gov.br 2. marcelo.carvalho@icmbio.gov.br 3. bruno-campos.souza@icmbio.gov.br

Telefone: 1. (95) 3623-3250

Localização

Endereço: Rua Alfredo Cruz, 283 - centro - Boa Vista/RR.

Como chegar

Para acessar a UC por via terrestre, toma-se a rodovia RR 205, ao norte de Boa Vista, e no quilômetro 70 vira-se a direita em uma estrada de terra onde se vê uma central elétrica à direita. Segue-se por mais 65 km até o acesso à Terra Indígena (TI) do Boqueirão, virando à esquerda. Na TI, vira-se a esquerda seguindo até a uma bifurcação, a partir de onde deve-se virar à direita. Logo em seguida há uma cerca. Passa-se a cerca até chegar à sede da fazenda Salvamento no topo de uma colina, onde uma estrada secundária de 2km leva à balsa da Unidade, no Rio Uraricoera. A sede da Unidade dista 2km da margem, para o interior da Ilha de Maracá.

Ingressos

A categoria desta unidade não permite visitação turística ou recreativa, sendo admitidos os casos ligados à Educação Ambiental e Pesquisa Científica. Neste sentido, as visitas devem ser agendadas previamente com a administração da unidade.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

Preservar o ambiente natural da terceira maior ilha fluvial do Brasil, que integra um arquipélago em uma zona de transição lavrado e floresta, com suas particularidades da fauna e flora, estimulando o desenvolvimento de pesquisas científicas e promovendo a conscientização ambiental e a integração com a sociedade.

Histórico

A Estação Ecológica de Maracá foi criada no dia 2 de junho de 1981 pelo Decreto Federal nº 86.061. A ideia surgiu na Secretaria Especial de Meio Ambiente (Sema), órgão ligado à Presidência da República, dirigida então pelo ambientalista Paulo Nogueira Neto.

Ao ser informado no final da década de 70 do interesse de se construir um presídio na ilha de Maracá e conhecendo a importância ecológica das ilhas para conservação da biodiversidade, ele providenciou uma visita técnica e um sobrevoo ao local. Logo em seguida, propôs a criação na área Estação Ecológica de Maracá, juntamente com outras sete estações ecológicas. Até então, não existia no País nenhuma categoria de unidade de conservação voltada à pesquisa científica.

Atrações

Aspectos naturais

A unidade de conservação está inserida no bioma amazônico, em área de transição floresta-lavrado (savana). Possui ecossistemas de floresta tropical úmida, floresta estacional semidecidual (floresta monodominante de roxinho - Peltogyne) e três categorias de lavrado (savana). Conta ainda com buritizais, vegetação sobre afloramentos rochosos e vegetação aquática em lagos sazonais.

Relevo e clima

O relevo varia de 200m a 400m de altitude. De um ponto de vista mais detalhado, é possível observar a geomorfologia da estação ecológica em uma escala menor. Em um estudo realizado por McGregor & Eden, 1998, cinco classificações de formações rochosas foram identificadas para a ilha: Classe 1 Planalto (topos de morro): essa classificação abrange as mais altas formações na Ilha de Maracá e está principalmente concentrada na sua porção oeste. Topos chegam a medir mais de 250m de altura, chegando o máximo de 331m, de acordo com o mapa topográfico do IBGE. Essa formação cobre aproximadamente 9,2% da ilha. Classe 2 Planalto (encostas): essa classificação inclui terrenos de 170 a até 250 metros de altura. É caracterizada por ser rodeada por cumes, mas parece ser menos dissecada e tem menor freqüência de dissecação comparado com a classe 1. Essa unidade cobre aproximadamente 5,3% da ilha. Classe 3 Planície (moderadamente dissecada): essa formação ocorre por toda parte na ilha, mas compreende todo o terço leste. É caracterizada por relativos amplos interflúvios, a alturas de 110 a 150 metros. O grau de dissecação é menor que o das classes anteriores. Essa unidade cobre 39,3% da ilha, aproximadamente. Classe 4 Planície (levemente dissecada): essa formação existe principalmente na faixa norte-sul, no centro da ilha e se eleva de 100 metros no norte, a 180 metros ao sul. É caracterizada por possuir um baixo grau de dissecação, dando uma aparência quase uniforme quando analisadas em fotografias. É a maior formação em área da ilha, com o total de aproximadamente 40%. Classe 5 Áreas alagadas: esta classe ocorre em múltiplas elevações, mas é presumivelmente consistente com níveis do rio adjacentes. Essas áreas estão principalmente presentes na margem direita do furo Santa Rosa e bem menos presentes na margem esquerda do furo Maracá. Isso é coerente com o declive regional nessa área de Roraima, com rios que favorecem a margem ao norte de suas áreas alagadas. Essa classe cobre aproximadamente 6% da área da ilha de Maracá.

O clima é equatorial quente e úmido.

Fauna e flora

Em relação à fauna, avefauna está atualmente compondo uma lista de 446 espécies e estas estão distribuídas em floresta e savanas. A riqueza de espécies de aves em Maracá apóia a hipótese de que a riqueza de aves na Amazônia é maior nas margens do que no centro desta região. A comunidade de mamíferos em Maracá tem sido estudada pontualmente e os resultados dos trabalhos apontam que os roedores e carnívoros são os que mais contribuem para a riqueza local. Os registros mostram 47 espécies de morcegos, 28 espécies de pequenos mamíferos, sendo que 25 são roedores (Rodentia), 2 marsupiais (Marsupialis) e um coelho (Lagomorpha). Para os primatas são 05 espécies, dentre elas, o macaco-aranha (Ateles belzebuth belzebuth). Quanto aos carnívoros são 15 espécies, incluindo onça pintada e outros gatos menores. Há ainda citação de ocorrência de 02 espécies de boto (Cetatacea), de 11 espécies de Xenartha sendo, três tamanduás, três preguiças e cinco tatus. A fauna presente em Maracá se encontra relativamente bem protegida pela dificuldade de acesso e pelo isolamento natural do sistema de ilhas.

Problemas e ameaças

Caça, pesca e incêndios florestais no entorno da unidade, que afeta a área do interior da unidade de conservação.

Desmatamento no entorno promovendo a perda de conectividade da da comunidade biológica, provocando a diminuição do fluxo gênico e podendo inviabilizar a manutenção dessas populações a longo prazo, prejudicando, desta forma, a diversidade biológica e a qualidade ambiental na região.

A atividade de extração ilegal de ouro na região acima da Estação Ecológica de Maracá, nos rios Uraricoera e Uraricaá, também tem preocupado a equipe gestora. Além do uso de mercúrio, os garimpeiros atravessam a unidade para acessar as áreas de garimpo, transportando gasolina, diesel, graxas e lubrificantes, perturbando e prejudicando fauna e flora.

Fontes

http://sistemas.mma.gov.br/cnuc/index.php?ido=relatorioparametrizado.exibeRelatorio&relatorioPadrao=true&idUc=57

Plano de Manejo: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de-manejo/esec_maraca_pm_completo.pdf