Mudanças entre as edições de "Estacão Ecológica do Tripuí"

De WikiParques
Ir para navegação Ir para pesquisar
Linha 1: Linha 1:
 
{{Parks
 
{{Parks
|Introducao=estação pretendia preservar uma parcela desse território devido a presença do <i>Peripatus acacioi</i>, um invertebrado vermiforme categorizado em extinção do filo Onychophora, O qual apresenta características basais, sendo importante elo para se entender a filogenia do agrupamento dos invertebrados, também são conhecido popularmente como verme-aveludado, e em toda extensão  territorial brasileira os onicoforas são encontrados apenas nessa pequena parcela de Minas Gerais , por isso a importância da criação da Estação Ecológica.  A Unidade também  abriga cerca de 16 outras espécies em risco de extinção, 258 especies de aves , 11 tipos de anfíbios , 51 espécimes de cobras sendo 5 peçonhentas, para mamíferos ainda não foram feitos levantamento para quantificar a quantidade dessa classe na região , mas espécies como tapeti (<i>Sylvilagus brasiliensis</i>), tatu-galinha (<i>Dasypus novemcinctus</i>) e lobo-guará (<i>Chrysocyon brachyurus</i>) são avistados na Estação.
+
|Introducao=A estação foi criada na intenção de  preservar uma parcela desse território devido a presença do <i>Peripatus acacioi</i>, um invertebrado vermiforme categorizado em extinção do filo Onychophora, O qual apresenta características basais, sendo importante elo para se entender a filogenia do agrupamento dos invertebrados, também são conhecido popularmente como verme-aveludado, e em toda extensão  territorial brasileira os onicoforas são encontrados apenas nessa pequena parcela de Minas Gerais , por isso a importância da criação da Estação Ecológica.  A Unidade também  abriga cerca de 16 outras espécies em risco de extinção, 258 especies de aves , 11 tipos de anfíbios , 51 espécimes de cobras sendo 5 peçonhentas, para mamíferos ainda não foram feitos levantamento para quantificar a quantidade dessa classe na região , mas espécies como tapeti (<i>Sylvilagus brasiliensis</i>), tatu-galinha (<i>Dasypus novemcinctus</i>) e lobo-guará (<i>Chrysocyon brachyurus</i>) são avistados na Estação.
 
|Map={{#display_map:|center=-20.395629, -43.575822
 
|Map={{#display_map:|center=-20.395629, -43.575822
 
|zoom=16
 
|zoom=16

Edição das 22h32min de 25 de junho de 2016

A estação foi criada na intenção de preservar uma parcela desse território devido a presença do Peripatus acacioi, um invertebrado vermiforme categorizado em extinção do filo Onychophora, O qual apresenta características basais, sendo importante elo para se entender a filogenia do agrupamento dos invertebrados, também são conhecido popularmente como verme-aveludado, e em toda extensão territorial brasileira os onicoforas são encontrados apenas nessa pequena parcela de Minas Gerais , por isso a importância da criação da Estação Ecológica. A Unidade também abriga cerca de 16 outras espécies em risco de extinção, 258 especies de aves , 11 tipos de anfíbios , 51 espécimes de cobras sendo 5 peçonhentas, para mamíferos ainda não foram feitos levantamento para quantificar a quantidade dessa classe na região , mas espécies como tapeti (Sylvilagus brasiliensis), tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) e lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) são avistados na Estação.


Carregando mapa...
Estacão Ecológica do Tripuí
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Minas Gerais
Município: Ouro Preto (MG)
Categoria: Estação Ecológica
Bioma: Cerrado
Área: 132,0 ha
Diploma legal de criação: Decreto n.° 157 (24/04/1978) e Decreto n.° 21.340 (04/06/1981)
Coordenação regional / Vinculação: Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM
Contatos: Gerencia da Estação Ecológica do Tripuí,

Localização: Vale do Córrego Tripuí Administração: Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM Telefone: (31) 3334-3775 Fax: (31) 3344-1863 Informações: Caixa Postal 116 - Ouro Preto, MG

Localização

A Estação Ecologica do Tripuí está localizada no estado de Minas Gerais, no município de Ouro Preto na BR 356, KM 91, aproximadamente 90km a sudeste de Belo Horizonte, pelas rodovias BR-040 e BR-356.

Como chegar

Partindo de BH a distancia é de aproximadamente de 95,6 km . Você deve pegar a rodovia dos inconfidentes na via BR-356 passando por Itabirito, depois dirija até R. Tomé Vasconcelos em Ouro Preto.

Ingressos

Na E. E. T. a visitação e feita de forma orientada com todos os integrantes devidamente credenciados pela Secretaria Municipal de Turismo da Prefeitura Municipal de Ouro Preto. Sendo as visitas escolares nos dias de Terças-Feiras e as Quintas-Feiras, e a comunidade em geral preferencialmente as Segundas-Feiras, Quarta-Feira e Sexta-Feira, sendo estabelecida no máximo 80 pessoas por visitação. O agendamento tem que ser feito com no mínimo 20 dias de antecedência e pode ser feito pelo contato (31) 3295-7005.

Onde ficar

A Estação Ecológica de Tripuí não possui instalações para alojamento e nem áreas de Camping, porém o Município de Ouro Preto existem diversos Hotéis Urbanos, Hotéis Fazenda e Pousada, oferece também para os aventureiros, áreas para camping. Segue algumas indicações:

Gota de Minas: Pousada Rural - endereço: Rodovia dos Inconfidentes, Km 75000, Amarantina , (31)3541-2000, Ouro Preto, Minas Gerais.

Retiro das Rosa: Pousada - endereço: Rodovia dos Inconfidentes, Km 71000, Cachoeira do Campo, (31) 3541-0000, Ouro Preto, Minas Gerais.

Recanto das Montanhas: Hotel Fazenda - endereço: Rod. dos Inconfidentes (BR 356) – Km 66 Ouro Preto, Minas Gerais.

Camping Club do Brasil: Rodovia Inconfidentes – s/n Km 92, Ouro Preto - MG, 35400-000, telefone:(31) 3551-1799.

Camping CCB: BR-358 Estrada dos Inconfidentes, 2 km do Centro,Ouro Preto Minas Gerais (31) 9.9322-4925; (31) 3551-1799.

Objetivos específicos da unidade

A Estação Ecológica de Tripuí tem por objetivo a priorização e o desenvolvimento de pesquisas básicas aplicadas fundamentais para o manejo e preservação dos recursos naturais da Unidade de Conservação, especialmente o Peripatus acacioi, favorecendo a aplicação de práticas conservacionistas, Também dotar a E. E. T. de infraestrutura adequada para a execução dos serviços públicos inerentes às suas funções incentivar o interesse público na participação e desenvolvimento de atividades educativas e conservacionistas, programar ações de fiscalização que assegurem o controle e proteção do meio natural e por fim identificar as atividades antrópicas existentes no interior e no entorno da E.E.T.

Histórico

O município de Ouro Preto sempre esteve ligado a historia do Ouro no país, sendo a capital de Minas Gerais ate 1981, foi declarado Monumento Nacional em 1993. A UNESCO lhe conferiu em 1981 o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, e em l994, a região em que se insere, recebeu também da UNESCO, a titulação de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

É nesse município que está inserida a Estação Ecológica de Tripuí, que traduzido da língua Tupi significa ‘’água de fundo sujo’’. Nos anos de l695/96, foi descoberto o ouro em Tripuí por Manuel Garcia -“O Velho”, em Itacolomi, por Belchior da Cunha, e no Ribeirão do Carmo por Salvador Mendonça, essa descoberta fez com que os olhos se voltassem para essa região. Em 01.05.l891, foi instalado o ramal ferroviário ligando a capital da província - Ouro Preto à então capital do Império- Rio de Janeiro. Mais tarde, foi preciso ampliar o ramal ferroviário, ligando a capital à Zona da Mata, através do prolongamento da linha de Ouro Preto a Ponte Nova. A linha férrea corta todo o vale do Tripuí no sentido norte-sul e o Córrego do Tripuí através de um pontilhão com cerca de 10 metros, na porção leste da Estação, próximo à atual vila dos moradores.

Dentre as edificações administrativas da RFFSA, existentes na E.E.T., a antiga estação foi demolida no final de 1984 e o produto da demolição foi utilizado para a montagem de uma réplica, de menor tamanho, integrante do acervo do Núcleo Histórico da Superintentência Regional de Campos, inaugurado em 27.03.85. Existem no interior da E.E.T. três edificações da RFFSA originárias do final do século XIX . Atualmente, a velocidade dos trens no trecho da E.E.T. é de 20 Km/h e os produtos transportados são os seguintes: cimento originário dos municípios de Vespasiano, Wilson Lobato, e Montes Claros para diversos outros municípios em MG, além de P. Formosa (RJ); calcário originário de Nova Granja (MG) para Rocha Leão (RJ); bauxita originária de Cataguases (MG) para Ouro Preto (MG); minério de zinco originário de P. Formosa (RJ) para Prudente de Morais (MG) e escória alto forno originária de Joaquim Murtinho (MG) para Cachoeiro (ES).

Atrações

Aspectos naturais

Encontra-se entre os ‘Domínios da Floresta Atlântica e dos Cerrados’, apresentando como principais tipos fisionômicos as florestas mesófilas (estacionais semidecíduas), campo limpo e campo sujo de cerrado, vegetação aquática - brejos, lagoa artificial e córregos - e o ‘candeial’, correspondente à formação pioneira de Vanillosmopsis erythropappa, que se estabelece após a perturbação da floresta mesófila.

Relevo e clima

A Estação Ecológica do Tripuí está inserida em uma região de domínio climático do tipoSubtropical Moderado Úmido, segundo a classificação de köppen. Este clima, com precipitações abundantes no verão, cujas médias variam de l450 a l800 mm, aliado ao fator estrutural e litológico, foi o responsável pela conformação do relevo regional e local, caracterizado pelo alto grau de encaixamento da drenagem. As temperaturas são frias com a média anual variando de l7° a l8,5° C, chegando a atingir nos meses mais frios, l3,5° C. Observações locais já registraram índices de temperaturas inferiores a 0° C, com ocorrência de geadas.

Fauna e flora

A estação foi criada para preservar o Peripatus acacioi, raro animal invertebrado, considerado um fóssil vivo, porém encontra-se também outros representantes de sua fauna como a cascavel, jararaca, lagarto teiú, ema, seriema, joão-de-barro, anu-preto, curicaca, urubu-caçador, urubu-rei, araras, tucanos, papagaios, gaviões, tatu-peba, tatu-galinha, tatu-canastra, tatu-de-rabo-mole, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, veado-campeiro, anta, cachorro-do-mato, lobo-guará, jaguatirica e onça-parda.

A Estação E. Tripuí reúne características peculiares em sua composição vegetacional, ela esta situada em uma área de transição dos biomas Mata Atlântica para Cerrado , tendo também varias fitofisionomias distintas dentro de si , ou seja varias composições de vegetação como áreas de Zonas Úmidas sendo principalmente de brejos, Campo Limpo e Campo Sujo, áreas com Campo Rupestre e Florestas Mesofilas. Somando esse fator juntamente com o número de espécies já categorizado em risco de extinção a Unidade se concretiza pela lei Federal de Nº 6902 de 27.04.81 sendo uma área representativa de ecossistema brasileiro destinada ao desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas de ecologia, à proteção do ambiente natural e à educação conservacionista, Além de possuir uma grande importância na bagagem histórica dos mineiros. As principais espécies da flora são a Palmeira Imperial, o Cedro, a Embaúba, o Jacarandá e a Candeia.

Problemas e ameaças

A pesar dos morados da E. E. T. manter uma boa convivência com a unidade e sua conscientização ser satisfatória, existe algumas reclamações vindo da população nativa da região a maioria delas relacionada com o grande fluxo de visitante causando poluição sonora, hídrica e visual. Além disso, foram identificados outros problemas de atividade incompatível ao Plano de Manejo, que podem ameaçar os objetvos da UC. tais como:

- O que aumentou o numero de espécies de animais domésticos na região, sendo incluídas outras oito novas espécies.

- O uso inadequado dos lagos e no Córrego do Tripuí.

-Limpeza da área de pastagem por fogo.

- Travessia irregular de Muares carregadas de lenda da Unidade.

-Trânsito intenso de veículos.

- Captura de animais silvestre, principalmente de aves ( pintassilgo, sanhaço, sabiá, trinca-ferro, canário- chapinha e etc.).

- Caça ilegal.

-Situação Fundiária com pendências. Os moradores das áreas dentro da Unidade não entraram em conflito com a Estação, desde que o governo dê uma indenização satisfatória para os moradores.

-Fiscalização deficiente. Um dos motivos é o baixo numero de funcionários que a Unidade pode manter.

Fontes