Desde o início da semana, o Parque Nacional de Brasília (DF) tem enfrentado um dos principais inimigos do Cerrado: o fogo. Aproximadamente 100 profissionais, entre brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e bombeiros militares do Distrito Federal, atuam no combate aos focos de incêndio dentro da unidade de conservação. A equipe contou ainda com o apoio de um helicóptero e quatro aviões-tanque para lançamento de água.
Segundo o Coordenador Nacional de Prevenção e Combate à Incêndios do ICMBio, Christian Berllinck, o incêndio começou fora da unidade, no domingo (27/08), mas, na segunda-feira, entrou pela fronteira norte do parque, em uma região conhecida como Chapada Imperial. “Por ser uma área de morraria, o combate se torna complicado”, conta Berllink. Na terça, um outro incêndio, desta vez criminoso, de acordo com o coordenador, começou na região sul, próxima à Via Estrutural, rodovia (DF-095) que liga Ceilândia ao Plano Piloto. Hoje (01/09), mais dois incêndios foram registrados na borda da unidade de conservação, um no Córrego do Bananal, e outro na Via Estrutural, próximo de uma área do Exército.
Berllink explicou ainda que os principais focos de incêndio, na parte sul e leste, foram combatidos, “mas ainda há fogo dentro da unidade e o nosso trabalho agora está sendo achar esses pontos menores de incêndio que permaneceram para extinguí-los e evitar que ele se espalhe novamente”. De acordo com o jornal Metrópoles, até a tarde de ontem (31/08) as chamas já haviam queimado cerca de 4,7 mil hectares, o que equivale a algo entre 10 a 11% da área total do parque nacional. A época de seca torna as chamas um perigo ainda maior, porque o fogo se alastra com facilidade e pode se transformar em um incêndio de grandes proporções.