Nesta quinta-feira (24/08), a Reserva Ecológica de Guapiaçu (RJ), localizada no município de Cachoeira de Macacu foi o palco do 1º Encontro Científico de Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) do Estado do Rio de Janeiro. O evento foi organizado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), e contou com a participação de proprietários de RPPNs e de pesquisadores. Entre os objetivos do encontro estava estimular a realização de pesquisas científicas nas reservas e divulgar os resultados dos estudos que já foram feitos.
De acordo com a coordenadora do projeto RPPN do Inea, Roberta Guagliardi, essa iniciativa de pesquisa nas reservas é muito importante porque elas às vezes abrigam recursos naturais ainda desconhecidos. “Quanto mais informações os proprietários tiverem sobre suas RPPNs, mais ferramentas para a gestão das mesmas eles terão, podendo acessar ferramentas importantes para a consolidação de sua unidade de conservação. Por meio do incentivo à pesquisa, esses proprietários terão mais condições de formalizar parcerias com instituições de ensino e de pesquisas públicas ou privadas nacionais ou internacionais”, explicou Roberta. Ela reforçou ainda que os benefícios gerados podem favorecer também o entorno dessas unidades, como a descoberta de uma espécie endêmica.
Atualmente, no estado do Rio existem 81 RPPNs, entre elas a própria Reserva Ecológica Guapiaçu, que juntas são responsáveis pela proteção de aproximadamente 7 mil hectares. De acordo com o Inea, as reservas particulares são uma ferramenta estratégica para conservação da Mata Atlântica, uma vez que aproximadamente 80% das áreas remanescentes do bioma estão em terras privadas. Atualmente há mais de 50 processos de RPPN em análise.
Para criar uma RPPN no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, o proprietário deve protocolar o requerimento para criação no Inea, que irá analisar a relevância ambiental da área.