Estratégia de proteção dos primatas brasileiros é fundada em unidades de conservação


Macaco-prego-galego: uma das espécies contempladas pela Operação Primatas. Foto: Banco de Imagens/CPB/ICMBio
Macaco-prego-galego: uma das espécies contempladas pela Operação Primatas. Foto: Banco de Imagens/CPB/ICMBio

Durante o XVII Congresso Brasileiro de Primatologia, no último fim de semana, foi anunciado o lançamento, ainda este ano, da Operação Primatas. Trata-se de uma estratégia que tem como objetivo conservar as espécies ameaçadas por meio da proteção de suas populações-chave. Esta proteção seria alcançada pela preservação e a conectividade de habitats através de unidades de conservação, corredores e mosaicos.

Presentes em todos os biomas brasileiros, os primatas ocorrem principalmente na Mata Atlântica e na Amazônia, desempenhando papel fundamental na estrutura das florestas, além de participar da cadeia alimentar. A operação será voltada, inicialmente, aos primatas em maior risco de extinção no país. Com 150 espécies e subespécies de primatas, cerca de 35 destas estão ameaçados de extinção, de acordo com a Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. Os estudos identificam que as principais ameaças aos primatas são: a perda, fragmentação e degradação dos habitats; a caça e a captura; a introdução de espécies invasoras e as doenças; impactos relacionados a vetores como expansão agropecuária e urbana; empreendimentos de infraestrutura; e mudança do clima.

As propostas da Operação Primatas envolvem 8 ações: criação de unidade de conservação para proteção do sauim-de-coleira (Sanguinus bicolor); implementação da Gestão Integrada do Gurupi – Reserva Biológica e Terras Indígenas do Entorno; criação de unidade de conservação para proteção dos primatas da Caatinga; criação de unidade de conservação para proteção e conectividade do macaco-prego-galego (Sapajus flavius). Há, ainda, a criação de unidade de conservação para proteção do guigó-de-coimbra-filho (Callicebus coimbrai); a ampliação da Reserva Biológica da Mata Escura (MG); a proteção das florestas de Barreiro Rico e São Francisco Xavier; e a ampliação e conectividade da Estação Ecológica Mico-Leão-Preto (SP).

A iniciativa é articulada pela Rede de Instituições Parceiras da Operação Primatas (RIPOP), com participação da Secretaria de Biodiversidade (SBio) do Ministério do Meio Ambiente, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) do ICMBio, de instituições públicas e organizações não-governamentais.

 

*Com informações da Ascom/MMA

 

 

 

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