Nesta terça-feira (07/08), o Programa de Reintrodução e Monitoramento de Guaruba guarouba (Ararajubas) em Unidades de Conservação da Região Metropolitana de Belém apresentou ao público 12 espécimes da ave que serão reintroduzidas em seus habitats naturais em unidades de conservação estaduais do Pará. A espécie é considerada extinta na região metropolitana de Belém após mais de 60 anos sem nenhum registro de aparição.
O projeto transferiu as aves de São Paulo para o Parque Estadual do Utinga (PA), onde passarão por um processo de readaptação em viveiros. Em seguida, elas serão reinseridas na área aberta do Parque, e também na Área de Proteção Ambiental da Região Metropolitana de Belém (PA), na Área de Proteção Ambiental da Ilha do Combu (PA), no Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia (PA) e na Área de Proteção Ambiental do Abacatal (PA).
A fase de readaptação durará cerca de quatro meses, até que os animais possam ser libertados na natureza no início de outubro. O Prof. Dr. Luis Fábio da Silveira, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), coordenador do projeto, explica que as aves existiam na fauna de Belém e despareceram entre as décadas de 40 e 50 por causa da expansão urbana, do desmatamento e do comércio ilegal de animais silvestres. Hoje, a ocorrência da ararajuba se dá em pequenas partes dos estados do Maranhão, do Pará e do Amazonas. A espécie está na lista nacional de animais em extinção, na categoria ‘vulnerável’ (que enfrenta um risco elevado de extinção na natureza em um futuro bem próximo).
Desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio) e a pela Fundação Lymington, o projeto é coordenado pelo Dr. Luís Fabio Silveira, sob a execução do biólogo Marcelo Vilarta, Mestre pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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