Reserva Extrativista Médio Purus ganha ponto de energia solar


Instalação das placas fotovoltaicas que irão permitir a geração de energia solar na escola. Foto: Alessandra Mathyas/WWF-Brasil
Instalação das placas fotovoltaicas que irão permitir a geração de energia solar na escola. Foto: Alessandra Mathyas/WWF-Brasil

Julho é o mês das férias escolares, mas uma escola em particular está em polvorosa. Localizada na Reserva Extrativista Médio Purus (AM), na região sul do Amazonas, onde o acesso à energia elétrica ainda é um privilégio, ela ganhou um presentão: placas fotovoltaicas para geração de energia solar. A iniciativa realizada pela ONG WWF na primeira semana de julho tem como objetivo garantir o funcionamento das aulas noturnas, além de permitir o acesso à internet e uma melhor iluminação.

A reserva extrativista se estende por mais de 600 mil hectares e engloba diversos municípios e comunidades amazônicas. A escola está na comunidade Cassianã, no município de Lábrea e atende aproximadamente 60 alunos. Além das aulas noturnas, a chegada da energia solar irá permitir ventiladores, acesso à internet e iluminação adequada.

O sistema foi instalado para fechar com chave de ouro o curso “Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica para Qualidade de Vida e Produção Sustentável”, ministrado pelos técnicos do Programa Qualidade de Vida do Instituto Mamirauá de Tefé/Amazonas. Participaram moradores tanto de Médio Purus quanto da Reserva Extrativista Ituxi (AM) eletricistas da prefeitura e estudantes da Universidade Estadual do Amazonas (UEA). A iniciativa foi feita em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e apoio da empresa Usinazul, do Instituto Mamirauá, da Schneider Electric, J.A. Solar, UEA e da Prefeitura de Lábrea.

A escola da Resex com as placas fotovoltaicas que iluminarão sua sala. Foto: Alessandra Mathyas/WWF-Brasil
A escola da Resex com as placas fotovoltaicas que iluminarão sua sala. Foto: Alessandra Mathyas/WWF-Brasil

Antes, a energia era produzida com gerador elétrico alimentado com combustíveis fósseis. A tecnologia fotovoltaica, além de mais sustentável, irá permitir a economia de combustível. De acordo com o líder da comunidade, João Araújo, antes eram gastos em média três litros de combustível com o gerador, o que custava quase R$500 reais por mês.

A energia solar na escola foi uma reivindicação da Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Médio Purus – Atamp, que desde o ano passado trabalha com a WWF no projeto Resex Produtoras de Energia Limpa. E a iniciativa está apenas no começo. A previsão é de que em setembro mais uma escola seja agraciada com as placas fotovoltaicas e que seja instalado um sistema de bombeamento de água de rio na Reserva Médio Purus. A reserva em Ituxi também será contemplada no projeto com três sistemas para uso produtivo: bombeamento de água, refrigeração e para equipamentos como despolpadeiras de frutas e extração de óleos vegetais.

 

*Com informações WWF-Brasil

 

 

 

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