Nova espécie de anfíbio é identificada no Parque Municipal Nascentes de Paranapiacaba


O biólogo Leo R. Malagoli, pesquisador responsável pela descoberta, destaca a importância das unidades de conservação na área da Serra do Mar para a preservação das espécies como as rãs-de-corredeira Foto: Leo R. Malagoli
O biólogo Leo R. Malagoli, pesquisador responsável pela descoberta, destaca a importância das unidades de conservação na área da Serra do Mar para a preservação das espécies como as rãs-de-corredeira. Foto: Leo R. Malagoli

Após dois anos de trabalho, entre 2015 e 2017, pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP) identificaram uma nova espécie de anfíbio no Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba (SP). Trata-se da rã-de-corredeira diurna, Hylodes caete, associada a riachos localizados na Serra do Mar, entre os municípios de Pilar do Sul e Santo André. Com isso, a região de Paranapiacaba, em Santo André, passa a contar com três espécies diferentes de rãs-de-corredeira pertencentes ao gênero Hylodes.

O biólogo Leo Ramos Malagoli, um dos pesquisadores, encontrou a espécie enquanto coletava dados para o mestrado, realizado no Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar (SP). “No entanto, foi somente quando coletava dados para o meu doutorado, que é justamente com os anfíbios da Serra do Mar, que comecei a encontrar essa espécie nas coleções científicas, especialmente no Museu de Zoologia da USP”, afirmou. Malagoli salienta que durante a pesquisa, encontrou exemplares da nova espécie coletados no parque natural municipal por outra pesquisadora, a também bióloga Vivian C. Trevine.

Segundo o Malagoli, o trabalho é importante pois mostra o quanto a Serra do Mar e as unidades de conservação na sua área ainda abrigam espécies não conhecidas, inclusive de vertebrados. Especificamente sobre a unidade de conservação de Paranapiacaba, o biólogo acredita que o local contribui para o trabalho por abrigar a nova espécie e representar até o momento o limite norte de sua distribuição. “O fato de ser mais uma área protegida nas franjas das grandes cidades também é muito relevante, considerando a gigantesca diversidade de sapos, rãs e pererecas presentes na região de Paranapiacaba”, conclui.

 

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Santo André

 

 

 

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