O litoral de Santa Catarina pode receber boas notícias em breve. Mais especificamente, o município de Itajaí , onde há a expectativa de que sejam criadas duas novas unidades de conservação para preservar uma área de importância biológica e cênica: uma área com mais de 900 hectares entre a praia do Molhe da Atalaia e Ribeirão Ariribá, no Canto Sul da Praia Brava. Na mira dos interesses imobiliários, há 16 anos existe a luta para garantir a proteção legal do local. O objetivo do projeto é criar ali a Área de Proteção Ambiental da Orla (SC) e, dentro dela, sobreposto, o Parque Natural Municipal do Canto Morcego (SC).
O parque municipal protegerá o morro do Morcego e toda a Praia Brava, incluindo o canal e o Farol de Cabeçudas. Os estudos e levantamentos da região para justificar e propor os limites das novas unidades de conservação foram pagos com recursos de compensação ambiental. Os custos necessários da regularização fundiária também virão através de compensação, numa parceria já firmada com o grupo Brava Beach.
A área de proteção ambiental irá abranger uma zona maior, no entorno do parque. De acordo com os estudos da área, há dentro dos limites da unidade pelo menos seis nascentes e nove cursos d’água. O levantamento também identificou uma grande diversidade de peixes juvenis nas praias e uma fauna que inclui mamíferos como pacas, preás e cachorros-do-mato. Na área da APA, ao contrário do parque, os moradores não precisarão ser desafetados. Em contrapartida, a ocupação deverá acontecer de forma mais ordenada e sustentável.
A Fundação de Meio Ambiente de Itajaí (FAMAI) estipulou em 30 de junho, essa sexta-feira, o prazo final para receber manifestações dos moradores sobre o projeto da APA da Orla. As sugestões e críticas ajudarão a finalizar a proposta de criação antes de encaminhá-la ao prefeito local.
Itajaí possui outras quatro unidades de conservação de proteção integral — Parque Municipal da Ressacada (SC), Parque Natural Municipal do Atalaia (SC), Parque Natural Municipal da Ilha das Capivaras e Parque Natural Municipal de Cordeiros — e duas unidades de uso sustentável, a Área de Proteção Ambiental (APA) do Brilhante (SC) e a Área de Proteção Ambiental do Saco da Fazenda (SC).
*Com informações do Diário Catarinense
