No início deste mês, durante a Semana do Meio Ambiente, a Prefeitura de Taquarussu, no Mato Grosso do Sul, anunciou a criação Estação Ecológica Municipal Veredas de Taquarussu (MS). A unidade de conservação criada pelo Decreto Municipal nº 038 de 24 de março de 2017 está localizada no interior da Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná (PR) e reforça a conservação desta. A estação ecológica é uma categoria de unidade de conservação de proteção integral e tem regras mais rígidas de uso do que as áreas de proteção ambiental (APA).
Com 3.065 hectares, a Estação Ecológica Municipal Veredas de Taquarussu fica em uma das áreas naturais mais importantes da APA, região de tensão ecológica onde convergem ecossistemas dos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. A criação da unidade teve como principal objetivo proteger de forma integral áreas de várzeas e os últimos remanescentes de veredas da região.
O alerta para a proteção do patrimônio natural da região teve início com uma série de denúncias de destruição de extensas áreas de veredas no município. A equipe local do ICMBio, em operação conjunta com Ibama, Polícia Militar Ambiental e Prefeitura Municipal, realizou a Operação Veredas, que retirou 3.000 cabeças de gado de áreas de preservação permanente e de reserva legal. A estação ecológica municipal ocupa as áreas que foram embargadas na operação, realizada um ano atrás.
A nova estação ecológica é a décima unidade de conservação pública criada no interior da APA das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, que abrange municípios dos estados de Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. De acordo com o chefe da unidade, Erick Xavier, a área está passando por um processo natural de regeneração. “Dá muita satisfação voltar ao local e observar o restabelecimento das áreas úmidas, da vegetação, da fauna local e saber que nossa ação teve sucesso, foi reconhecida e tem trazido resultados positivos para a comunidade local. É mais uma área a compor nosso mosaico de conservação e a nossa rede de parcerias”, destacou.
*Com informações da Comunicação ICMBio