Conheça os três novos sítios Ramsar brasileiros


Parque Nacional de Anavilhanas. Foto: Cadu Young

O Brasil aprovou, junto à Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, três das suas propostas para sítios Ramsar. Os novos sítios serão o Parque Nacional de Anavilhanas (AM), o Parque Nacional do Viruá (RR) e a Estação Ecológica do Taim (RS), o que aumenta de 13 para 16 o número de áreas reconhecidas brasileiras. A certificação ocorrerá ainda no primeiro semestre de 2017, em data a definir.

A Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, mais conhecida como Convenção Ramsar, estabelece marcos para ações nacionais e para a cooperação entre países com o objetivo de promover a conservação e o uso racional de áreas úmidas no mundo. Essas ações estão fundamentadas no reconhecimento, pelos países, da importância ecológica e do valor social, econômico, cultural, científico e recreativo de tais áreas. 

Desde sua adesão à Convenção, em 1996, o Brasil promoveu a inclusão de 16 unidades  de conservação à Lista de Ramsar, o que permite a obtenção de apoio internacional para o desenvolvimento de pesquisas, o acesso a fundos internacionais para o financiamento de projetos e a criação de um cenário favorável à cooperação internacional. Em contrapartida, o país assume o compromisso de manter as características ecológicas dos sítios – os elementos da biodiversidade e os processos que os mantêm – e deve atribuir prioridade para sua consolidação diante de outras áreas protegidas.

Os novos sítios Ramsar estão em áreas úmidas da região amazônica e no litoral sul do país. Saiba mais:

Parque Nacional de Anavilhanas (AM)

Parque Nacional de Anavilhanas. Foto: Andre Zumak
Parque Nacional de Anavilhanas. Foto: Andre Zumak

Além de sítio Ramsar, o parque também é Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela Unesco, e uma das 16 unidades de conservação federais consideradas prioritárias para estruturação da visitação por parte do ICMBio. De grande beleza cênica, apresenta formações florestais diversas, como floresta ombrófila densa, igapó, campina e campinarana, caatinga-gapó e chavascal, além de ecossistemas fluviais e lacustres. O arquipélago fluvial, com mais de 400 ilhas, representa 60% da unidade, enquanto a porção de terra firme representa 40%. Cerca de 70 lagos desenham a paisagem com formatos elípticos alongados.

Parque Nacional Viruá (RR)

Fauna do Parque Nacional do Viruá. Foto: Nelson Yoneda/ Arquivo ICMBio
Fauna do Parque Nacional do Viruá. Foto: Nelson Yoneda/ Arquivo ICMBio

É a unidade de conservação com a maior riqueza de espécies de vertebrados registradas no país com mais de 1,2 mil espécies. Abriga 119 espécies de mamíferos, 531 espécies de aves, 71 espécies de répteis, 47 espécies de anfíbios e 500 espécies de peixes. A diversidade da flora está estimada em mais de 4 mil espécies. Em 2014, foi o parque nacional da Amazônia mais pesquisado e o terceiro na taxa anual de recebimento de turistas. O parque realiza programas de combate ao incêndio, monitoramento da biodiversidade, ecoturismo de base comunitária, controle da caça de tartaruga no rio Amazonas, além de campanhas e programas educativos.

Estação Ecológica de Taim (RS)

Estação Ecológica do Taim. Foto: Leila Fachinetto
Estação Ecológica do Taim. Foto: Leila Fachinetto

A unidade se destaca pelas praias, falésias, sistema de banhados e áreas alagadas. É uma das zonas úmidas mais ricas em aves aquáticas da América do Sul, contando com espécies residentes, nidificantes e invernantes. Por ser um dos remanescentes deste tipo de ecossistema, tem grande valor como patrimônio genético e paisagístico. O banhado do Taim possui uma função muito importante para a manutenção do equilíbrio ecológico da região, como a produção de alimento, a conservação da biodiversidade, a contenção de enchentes e o controle da poluição. Os processos mais importantes nesse ecossistema são a geração de solo, a produção vegetal e a estocagem de nutrientes, água e biodiversidade.

 

*Com informações da Ascom/MMA

 

 

 

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