Incêndio destrói 530 hectares da APA Cavernas do Peruaçu


Área atingida pelo go chegou a 530 hectares. Foto: 3ª Corpaer/PMMG
Área atingida pelo go chegou a 530 hectares. Foto: 3ª Corpaer/PMMG

Na última semana, a Área de Proteção Ambiental Cavernas do Peruaçu (MG) foi atingida por um incêndio que destruiu 530 hectares de sua área florestal. O incêndio foi detectado no sábado (18/02) e ganhou força na segunda-feira (20/02). A partir daí foram três dias de intenso combate às chamas até a quinta-feira (23/02), quando os bombeiros controlaram fogo.

O ICMBio e a Polícia Militar Ambiental investigam as causas e os responsáveis pelo incêndio florestal. Segundo informações de moradores locais, o fogo começou nas imediações da comunidade Aldeia Peruaçu, pertencente à Terra Indígena Xackiabá. De acordo com os gestores da unidade, as chamas destruíram áreas em recuperação – queimadas em 2013, durante incêndio anterior -, além de veredas ainda conservadas. A área queimada também era uma importante fonte de renda para a comunidade local, que extraía o fruto do buriti, palmeira nativa das veredas, para beneficiamento e comercialização.

Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Dayanne Sirqueira, gestora da unidade, afirmou que o combate ao fogo só foi possível graças a uma intensa articulação de uma rede de parceiros regionais. “Em fevereiro praticamente não há registro de incêndios dessa magnitude na região, pois, teoricamente, seria o período de chuvas. Então, toda a estrutura de combate estava desmobilizada. Assim, tivemos que buscar brigadistas voluntários, solicitar apoio dos municípios, Corpo de Bombeiros e governo estadual, tudo isso num curto espaço de tempo”.

O analista ambiental da unidade de conservação, Rafael Pinto, explicou que as veredas funcionam como uma esponja, retendo a água da chuva. São, por isso, importantes na fisionomia do Cerrado ao promover o reabastecimento dos cursos d’água e do lençol freático. “Como estamos numa região de semiárido, a destruição dessa vegetação representa uma perda inestimável tanto para população local, que lida diariamente com um grande déficit hídrico, quanto para biodiversidade, devido à lenta, ou quase improvável, recuperação natural da área.”

 

*Com informações da Comunicação ICMBio

 

 

 

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