Em reportagem especial do Estadão – Estado de São Paulo, o presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, anunciou que o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes (SP) deverá ser aberto para visitação pública no segundo semestre de 2017, um ano após sua criação. O plano de manejo da unidade de conservação (UC) federal está em fase avançada de elaboração e deverá ser aprovado já no primeiro semestre. Com isto, o refúgio estará apto a receber visitantes a partir de 02 de agosto, data que marca primeiro aniversário de sua criação.
Desde o início da década de 1980, o arquipélago é usado como alvo para exercícios de guerra da Marinha, que detinha a jurisdição da área. Em 1989, um grupo de biólogos e fotógrafos ambientalistas iniciou uma campanha para transformar o arquipélago em Parque Nacional Marinho. Os esforços do Projeto Alcatrazes, como a iniciativa ambientalista ficou conhecida, foram recompensados com o decreto de criação do Refúgio, que permite a pesquisa científica e a visitação pública.
Com uma área de 67.364 hectares, o Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo preservar o bioma marinho das ilhas do arquipélago, suas características geológicas, geomorfológicas e sua diversidade biológica. Localizada no litoral norte de São Paulo, a apenas 35 quilômetros da costa, a UC é área de ocorrência de espécies ameaçadas e endêmicas, como o peixe Elecatinus figaro, a perereca-de-alcatraz (Scinax alcatraz) e a cobra (Bothrops alcatraz).
*Atualizado em 20.12.2016 às13h30 para corrigir crédito da reportagem original
