Rastros na Caatinga: Cuidados Básicos


A vastidão da Caatinga no final do dia, após 4 km de caminhada pela mata densa e espinhosa, para esperar anoitecer e fotografar o céu estrelado com a paisagem. Foto: Joaquim Neto
A vastidão da Caatinga no final do dia. Foto tirada após 4 km de caminhada pela mata densa e espinhosa, para esperar anoitecer e fotografar o céu estrelado com a paisagem. Foto: Joaquim Neto

Quem quer obter melhores resultados nas fotografias de Caatinga não pode prescindir de um roteiro para sua excursão fotográfica. Estas saídas a campo dependem de uma série de fatores que devem ser organizados com antecedência para evitar desgastes e aborrecimentos para se chegar aos lugares de interesse.

Acessar ferramentas de clima para saber a previsão do dia, traçar uma rota com programas via satélite,  utilizar programas e dispositivos que façam mapeamento de trajeto, são medidas de grande importância. Na vegetação muito densa e espinhosa da Caatinga é muito fácil se perder. É um ambiente onde o sol forte, a falta d’água e a baixa umidade se tornam um perigo para o fotógrafo.

Foto de longa exposição na Pedra Furada, no Parque Nacional Serra da Capivara. Foto: Joaquim Neto
Foto de longa exposição na Pedra Furada, no Parque Nacional Serra da Capivara. Foto: Joaquim Neto
Anoitecer nos vales da Caatinga, no Sertão do Piauí.  Foto: Joaquim Neto
Anoitecer nos vales da Caatinga, no Sertão do Piauí. Foto: Joaquim Neto

Por isso, alguns itens são indispensáveis na mochila: repelente, fósforo, canivete, kit de primeiros socorros, medicamento antialérgico, iodo e facão. Andar sempre com, no mínimo, três pessoas  – é mais seguro e ajuda a dividir o peso da bagagem de equipamento, água e comida.

Recentemente,  tenho feito uma série de imagens noturnas na pré-produção de um projeto chamado ‘Céus da Caatinga’. Como são imagens realizadas no final de tarde e início de noite, em meio à mata, requerem um cuidado dobrado,  pela presença de animais perigosos:  onças, serpentes peçonhentas e pequenos insetos como o piolho de mocó e barbeiro. O piolho de mocó, inseto encontrado nos abrigos onde os roedores da Caatinga vivem, por exemplo,  se conseguir se alojar no corpo humano, provoca intensa coceira por onde passa e pode exigir uma pequena cirurgia para ser retirado.

Mocó, roedor endêmico da Caatinga que vive em abrigos rochosos. Foto: Joaquim Neto
Mocó, roedor endêmico da Caatinga que vive em abrigos rochosos. Foto: Joaquim Neto
Sapos vivem nos poucos locais com água na imensidão da Caatinga. Chegam a passar quase o ano inteiro sem uma gota d'água. Foto: Joaquim Neto
Sapos vivem nos poucos locais com água na imensidão da Caatinga. Chegam a passar quase o ano inteiro sem uma gota d’água. Foto: Joaquim Neto

 

Sobre o projeto

O projeto Céus da Caatinga consiste na produção de um livro acompanhado de um documentário onde serão retratadas imagens que compõem a paisagem característica do sertão do Piauí, composto pela aridez da caatinga, beleza cênica, a diversidade biológica e imagens do cotidiano de comunidades no entorno do Parque Nacional Serra das Confusões (PI) e do Parque Nacional da Serra da Capivara (PI).

Amanhecer entre os paredões da Serra da Capivara. Foto: Joaquim Neto
Amanhecer entre os paredões da Serra da Capivara. Foto: Joaquim Neto
Pinturas rupestres encontradas nos abrigos sob rochas na Serra da Capivara. Foto: Joaquim Neto
Pinturas rupestres encontradas nos abrigos sob rochas na Serra da Capivara. Foto: Joaquim Neto
Sexo na pré-história: representação encontrada em muitos dos abrigos com pinturas rupestres. Parque Nacional Serra da Capivara, o maior museu a céu aberto da América Latina. Foto: Joaquim Neto
Sexo na pré-história: representação encontrada em muitos dos abrigos com pinturas rupestres. Parque Nacional Serra da Capivara, o maior museu a céu aberto da América Latina. Foto: Joaquim Neto

 

 

 

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