Quem quer obter melhores resultados nas fotografias de Caatinga não pode prescindir de um roteiro para sua excursão fotográfica. Estas saídas a campo dependem de uma série de fatores que devem ser organizados com antecedência para evitar desgastes e aborrecimentos para se chegar aos lugares de interesse.
Acessar ferramentas de clima para saber a previsão do dia, traçar uma rota com programas via satélite, utilizar programas e dispositivos que façam mapeamento de trajeto, são medidas de grande importância. Na vegetação muito densa e espinhosa da Caatinga é muito fácil se perder. É um ambiente onde o sol forte, a falta d’água e a baixa umidade se tornam um perigo para o fotógrafo.
Por isso, alguns itens são indispensáveis na mochila: repelente, fósforo, canivete, kit de primeiros socorros, medicamento antialérgico, iodo e facão. Andar sempre com, no mínimo, três pessoas – é mais seguro e ajuda a dividir o peso da bagagem de equipamento, água e comida.
Recentemente, tenho feito uma série de imagens noturnas na pré-produção de um projeto chamado ‘Céus da Caatinga’. Como são imagens realizadas no final de tarde e início de noite, em meio à mata, requerem um cuidado dobrado, pela presença de animais perigosos: onças, serpentes peçonhentas e pequenos insetos como o piolho de mocó e barbeiro. O piolho de mocó, inseto encontrado nos abrigos onde os roedores da Caatinga vivem, por exemplo, se conseguir se alojar no corpo humano, provoca intensa coceira por onde passa e pode exigir uma pequena cirurgia para ser retirado.
Sobre o projeto
O projeto Céus da Caatinga consiste na produção de um livro acompanhado de um documentário onde serão retratadas imagens que compõem a paisagem característica do sertão do Piauí, composto pela aridez da caatinga, beleza cênica, a diversidade biológica e imagens do cotidiano de comunidades no entorno do Parque Nacional Serra das Confusões (PI) e do Parque Nacional da Serra da Capivara (PI).