O casal de franceses Adrien Normier e Clementine Bacri do projeto Wings for Science (Asas para a ciência) esteve pela primeira vez no Brasil, sobrevoando as unidades de conservação do rio Paraná. Entusiastas da ciência e da aventura, a advogada e o piloto comercial colaboram de forma voluntária, a bordo de seu avião anfíbio, com projetos de pesquisa por todo o mundo, apoiando estudos e promovendo o conhecimento científico.
Nos 11 dias que passaram pelo rio Paraná, estiveram na Área de Proteção Ambiental Ilhas e Várzeas do Rio Paraná (PR) e em outras unidades de conservação (UC) localizadas em seu interior, como o Parque Nacional de Ilha Grande (PR) e o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (PR).
No Parque Nacional de Ilha Grande, foi feita pela primeira vez, com a ajuda dos franceses, a coleta de água na Lagoa Azul. Já na APA Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, foram produzidas fotografias em alta resolução de ambientes específicos e de difícil acesso tanto para pesquisadores quanto para os gestores. O material será usado na elaboração do plano de manejo da unidade.
Além das coletas de água e das imagens em alta resolução, o projeto também possibilita realizar coleta de ar, modelagem em 3D do relevo e mapeamento de cobertura vegetal com NDVI (Indice de Vegetação por Diferença Normalizada) utilizado para planejamento, correção e quantificação de áreas cultivadas, reflorestadas ou em recuperação ambiental.
Os gestores das unidades de conservação aproveitaram ainda para obter informações sobre a presença humana em locais cujo acesso é expressamente proibido. “O projeto Wings for Science está dando a sua segunda volta ao mundo. Pela primeira vez, eles passam em em UCs brasileiras, ampliando seu escopo além da ciência e colaborando com a gestão e o manejo da biodiversidade”, disse Erick Caldas Xavier, chefe da APA Ilhas e Várzeas do Rio Paraná.
Em suas visitas, Adrien e Clementine produzem pequenos filmes sobre as localidades por onde passa, e as atividades de pesquisa desenvolvidas. Os vídeos são apresentados posteriormente ao público infantil, com o objetivo despertar nas crianças o espírito científico. Esta segunda expedição, que teve início em janeiro, deve seguir até novembro de 2018.
*Com informações da Comunicação ICMBio