Na última quarta-feira (06/07), 18 Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) receberam a certificação definitiva do governo do Estado do Rio de Janeiro e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) , o que corresponde a aproximadamente 900 hectares de áreas protegidas. As novas reservas contribuem para a preservação de fragmentos importantes da Mata Atlântica em 12 municípios.
As RPPNs são unidades de conservação privadas, criadas voluntariamente pelos proprietários e averbadas na matrícula dos imóveis. Seu título de reserva é perpétuo e podem ser vendidas, doadas, transmitidas a qualquer outro proprietário. No Rio de Janeiro, são uma forma estratégica de preservação da Mata Atlântica, uma vez que cerca de 80% desse bioma encontra-se em terras privadas. Hoje, o território fluminense tem 78 Reservas Particulares do Patrimônio Natural que abrangem 11 mil hectares de terras particulares.
Um dos proprietários que ganhou o certificado foi o biólogo Rafael Andrada, cuja RPPN Bicho-Preguiça está localizada no Maciço Gericinó-Mendanha, Zona Oeste do Rio de Janeiro, a primeira RPPN do município. “Há sete anos, quando o Inea foi criado, eu já tinha intenção de usar meu sítio como base para preservação e fui informado que havia essa categoria reserva. Eu cuido de oito hectares de terra sozinho lá. Eu faço trabalho de educação ambiental e também estamos começando a articular pesquisas de campo. O trabalho é integrar a RPPN ao Parque Estadual do Mendanha para que haja uma integração na preservação. A RPPN é mais uma ferramenta de trabalho junto ao poder público”, afirmou o biólogo.
*Com informações da Ascom/Inea