Transcarioca: uma trilha para chamar de “minha”, “sua”, “nossa”


Toda a equipe na Vista Chinesa. Foto: Beto Mesquita e Valeria Rodrigues
Toda a equipe na Vista Chinesa. Foto: Beto Mesquita e Valeria Rodrigues

Estar na natureza nos oferece benefícios incalculáveis, que incluem o bem-estar de “ouvir” o silêncio, sentir os aromas das plantas e o cheiro da terra enquanto vislumbramos belas paisagens. Agora, imagine o sentimento de ser responsável por um pedacinho de floresta repleto de todas essas sensações. Por isso, foi tão emocionante para os colaboradores da Conservação Internacional (CI-Brasil) adotar dois trechos da Trilha Transcarioca que ficam dentro do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro.

A Trilha Transcarioca tem aproximadamente 180 quilômetros, num percurso que parte do Pão-de-Açúcar e vai até Barra de Guaratiba, na Zona Oeste da cidade, atravessando o Rio de Janeiro de ponta a ponta pela floresta. Você pode percorrê-la aos poucos, em pequenos trechos, com a família, os amigos ou colegas do trabalho. É uma trilha que permite se reconectar com a natureza e, ao mesmo tempo, desbravar a cidade.

Trecho Vista Chinesa x Jequitiba. Foto: Maurício Bianco
Trecho Vista Chinesa x Jequitiba. Foto: Maurício Bianco

As unidades de conservação por onde passa a Transcarioca sofreram com a fragmentação e o desmatamento, fatores que tornam inviável a vida de muitas espécies ao confiná-las em áreas pequenos. Somente uma floresta conectada pode manter sua biodiversidade e a Trilha Transcarioca é uma ferramenta para atingir esse objetivo. Quem a olha de cima percebe que é uma coisa só. Proteger essa trilha é também preservar o habitat destes animais.

No último sábado, 16/04, a equipe da CI-Brasil começou os trabalhos de sinalização e manejo do trecho da trilha de 1,6 quilômetro entre a Vista Chinesa e a Mesa do Imperador, no coração da cidade. Em conjunto com Pedro da Cunha e Menezes, o idealizador da Trilha Transcarioca, e dos voluntários Gilmar Lopes, Jeremias Freitas e famílias, a equipe da CI instalou placas de sinalização que mostram distâncias e locais próximos. Também fez sinalização rústica, pintando em árvores e marcos naturais o desenho de pegada de bota que é a marca registrada da Transcarioca. Ela indica os sentidos do trajeto: Leste-Oeste, pegadas com fundo amarelo, Oeste-Leste, pegadas com fundo preto. Na empreitada, sentimos a responsabilidade e o desafio de ajudar a reconectar gente aos ambientes naturais.

Agora, os colaboradores da CI-Brasil já têm “uma trilha para chamar de sua”. Uma não, duas. Além deste, adotamos também o trecho Vista Chinesa–Jequitibá, que vai do famoso mirante até uma linda e enorme árvore jequitibá (Cariniana estrellensis), que termina na estrada Dona Castorina, dois quilômetros abaixo.

Mais do que um projeto, a Trilha Transcarioca é um movimento de pessoas e instituições. São mais de 1.200 voluntários envolvidos nos mutirões de sinalização e manejo. Entre as instituições, estão os gestores das UCs municipais, estaduais e o Parque Nacional por onde passa a trilha, além de ONGs e empresas que contribuem com esse esforço. Mas, na verdade, a Transcarioca pertence à cidade e aos milhares de usuários que desfrutam dos seus primores.

A Transcarioca também é uma potencial geradora de renda e emprego para atores que vão de hotéis e pousadas a serviços de apoio, como restaurantes e guias, os quais podem estar situados nas comunidades do seu entorno.  

Experiencie a Transcarioca. Ela pede gente para prosperar, e gente precisa de Natureza.

Veja as imagens

Vista do Cristo. Foto: Maurício Bianco
Vista do Cristo. Foto: Maurício Bianco
Início do trecho Vista Chinesa x Jequitiba. Foto: Maurício Bianco
Início do trecho Vista Chinesa x Jequitiba. Foto: Maurício Bianco
Foto: Beto Mesquita e Valeria Rodrigues
Foto: Beto Mesquita e Valeria Rodrigues
Pregando a placa. Foto:  Beto mesquita e Valeria Rodrigues
Pregando a placa. Foto: Beto mesquita e Valeria Rodrigues
Pintando a pegada. Foto: Priscila Steffen
Pintando a pegada. Foto: Priscila Steffen
Pintando pegadas. Foto: Priscila Steffen
Pintando pegadas. Foto: Priscila Steffen
Beto Mesquita e a Pegada. Foto: Beto Mesquita e Valeria Rodrigues
Beto Mesquita e a Pegada. Foto: Beto Mesquita e Valeria Rodrigues
Na Mesa do Imperador. Foto: Priscila Steffen
Na Mesa do Imperador. Foto: Priscila Steffen

 

 

 

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