Rastros na Caatinga: Paisagens nítidas


Cactos rabo de raposa, Fotos: Joaquim Neto
Cactos rabo de raposa, Fotos: Joaquim Neto

Fotografias mais nítidas exigem uma série de fatores, especialmente quando tratamos do bioma Caatinga, no semiárido brasileiro. Neste post vamos dar dicas de como capturar imagens de paisagens com uma ótima nitidez, para que possamos produzir registros com o máximo de originalidade e qualidade.

Buscar bons resultados na Caatinga é sempre um trabalho árduo, principalmente nos meses secos do ano em que se passam nove meses sem chuvas, num clima quente que chega à temperaturas de 40 graus.

O sol intenso exige que o fotógrafo leve mais água, o que acaba acarretando um peso maior na bagagem. Outro fator a ser considerado é a mata, com suas plantas espinhentas e muito fechadas, que pedem roupas mais pesadas, o que aumenta o calor.

Parece muito, mas vale a pena.

Pôr-do-sol no Sertão Piauiense
Pôr-do-sol no Sertão Piauiense

Muitas vezes, quando vou fotografar, escolho sair na madrugada ou, até mesmo, pernoitar no local. Comigo, levo mantimentos, as “tralhas” da fotografia – máquinas, lentes e tripé – e de escalada, estes para ter acesso com segurança a lugares com vistas intrigantes, onde poucos chegariam facilmente.  

Entre cânions e vales de mata fechada e espinhenta, num sobe e desce que leva à exaustão, poder chegar e montar o equipamento e esperar aquele nascer do sol ou um por do sol, ao final é recompensador.

Partindo para a fotografia

Qualquer câmera que possua opção de configuração manual e que possibilite a troca de lentes, já permitirá obter boas imagens.

Para obter o máximo de nitidez na sua imagem, além da hora certa, é importante um bom tripé, desativar a função de estabilização da lente (quando houver) e desabilitar as funções da câmera de redução de ruído e longa exposição.

Esperando o sol nascer na Serra da Capivara. Alto do Baixão das Mulheres
Esperando o sol nascer na Serra da Capivara. Alto do Baixão das Mulheres

O tripé dispensa a função de estabilização de imagem da lente. Se ativada em conjunto com o equipamento, ela terá um efeito contrario na nitidez, deixando a imagem turva. O tripé permite a redução da sensibilidade de ISO ao mínimo possível, para gerar uma imagem com o mínimo de ruídos.

Também é importante usar uma boa profundidade de campo do diafragma. As melhores horas para se usar deste recurso são o nascer do sol ou o entardecer. O fotógrafo deverá utilizar uma velocidade do obturador muito baixa.

Para não tremer o equipamento na hora de disparar a câmera, use um cabo disparador. Se não tem um, a maioria das câmeras de hoje tem uma função que programa um tempo para  disparar sozinha. Mas, é bom lembrar, essa função de disparo automático só é possível dentro de um intervalo de 30 segundos.

Até a próxima. Em maio, o mês das serpentes, irei dar dicas de como fotografá-las! 

Veja mais registros

Nova pedra furada. Parque Nacional Serra da Capivara
Nova pedra furada. Parque Nacional Serra da Capivara
Os primeiros raios de luz . Paredões rochosos no vale da Capivara
Os primeiros raios de luz . Paredões rochosos no vale da Capivara
Lua cheia na Caatinga
Lua cheia na Caatinga

 

 

 

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