Ninho da Tartaruga, uma reserva para o cágado-do-Paraíba


Um filhote de cagado-da-Paraíba. Foto: Rogério Silva/ICMBio
Um filhote de cagado-da-Paraíba. Foto: Rogério Silva/ICMBio

Às margens do rio Carangola, no município de Tombos, Minas Gerais, a Reserva Ninho da Tartaruga é o mais novo santuário do cágado-de-hogei (Mesoclemmys hogei), um dos 25 quelônios mais ameaçados em todo o planeta. Uma parceria do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios do ICMBio (RAN/ICMBio) e da Fundação Biodiversitas, Ninho de Tartaruga é a primeira reserva natural dedicada à preservação de uma única espécie aquática.

Também conhecido como cágado-do-paraíba, o Mesoclemmys hogei figura na lista nacional de espécies da fauna ameaçadas de extinção. Trata-se do único quelônio de água doce ameaçado no Brasil, com risco de extinção considerado extremamente crítico. A população do cágado no rio Carangola tem sido estudada desde 2008 por pesquisadores do RAN e da Biodiversitas. A comprovação de que essa população enfrentava um declínio crescente fez com que se buscassem estratégias de conservação da espécie.

A proposta de criação de uma reserva foi enfim viabilizada por  grupos de conservacionistas internacionais (Rainforest Trust, Wildlife Conservation Society e Turtle Survival Alliance) interessados no problema. Eles financiaram a compra de 100 hectares de terras no trecho de maior ocorrência do cágado, ao longo de 6 km do rio Carangola. O trecho é uma área-chave para conservação do animal, posto que é um sítio de nidificação da espécie. 

“A criação da reserva permitirá o desenvolvimento de um trabalho de longo prazo, condição básica para a recuperação de estoques de espécies em declínio populacional”, enfatiza Marcos Coutinho, biólogo e pesquisador do RAN.

 

*Com informações da Comunicação ICMBio

 

 

 

Post navigation

Anterior

Próximo