Entre os dias 04 a 12 de dezembro, agentes de fiscalização da Reserva Biológica do Jaru (RO) realizaram operações de fiscalização na parte leste da unidade. Seu objetivo foi de não apenas de monitorar a execução dos Planos de Manejo, como também de combater possíveis casos de ilícitos ambientais na área, tais como extração ilegal de madeira, desmatamento, garimpo ilegal e caça.
Nos primeiros dias da fiscalização a equipe – que contou com apoio de fiscais do Ibama e da Policia Militar de Rondônia – encontrou uma grande operação de exploração ilegal de madeira em andamento a menos de 1,5 km do limite da unidade de conservação. Foram detidos cinco trabalhadores, apreendidos vários equipamentos e maquinários e um total de 993,56 m³ (metros cúbicos) de várias essências florestais extraídas ilegalmente, tais como: Roxinho (Peltogyne spp), Garapeira (Apuleia Ieiocarpa), Ipê (Tabebuia), Maracatiara (Astronium lecointei Ducke), Jatobá (Hymenaea spp.), Cumaru (Dipteryx odorata), Cedro (Cedrella spp) e Cerejeira (Amburana acreana).
Os infratores, incluindo o proprietário dos equipamentos e maquinários, foram detidos e autuados no valor de R$ 298.068,00.
Mais tarde, em 08 de dezembro, a equipe retornou ao local da extração ilegal para realizar o descarte da madeira e averiguar demais danos ambientais. A madeira teve que ser inutilizada porque seu transporte se tornou inviável graças as péssimas condições das estradas devido às chuvas e à grande distância para o centro urbano mais próximo (cerca de 240 Km). A medida também é uma forma de evitar que infratores possam utilizar tais madeiras para se capitalizar.
No local, uma inspeção mais aprofundada encontrou mais três áreas de desmatamentos em progresso. Somadas ao que já havia sido descoberto, totalizaram cerca de 19,54 hectares de área desmatada pela operação ilegal. Outros danos também foram constatados: num dos barracos de lona haviam 16 sacos de semente da espécie capim-Mombaça (Panicum maximum), uma espécie de capim exótico e altamente agressivo à flora natural do local; em outro ponto, um poleiro improvisado e penas da ave silvestre mutum-cavalo (Pauxi tuberosa), espécie ameaçada, davam indícios da prática de caça ilegal.
*Com informações da Ascom do ICMBio