Mais de 300 tartarugas são salvas no Parque Nacional do Viruá


As tartarugas apreendidas foram devolvidas ao rio com vida. Foto: Acervo Parque Nacional do Viruá
As tartarugas apreendidas foram devolvidas ao rio com vida. Foto: Acervo Parque Nacional do Viruá

Na semana passada, uma operação conjunta do Parque Nacional do Viruá (RR), Ibama e da Polícia Ambiental de Roraima (CIPA) resultou na maior ação de resgate de tartarugas adultas dos últimos dez anos. Na noite do dia 04/11, os animais foram encontrados sendo transportados em embarcações por duas quadrilhas de traficantes na região do Baixo Rio Branco, no município de Caracaraí (RR). Foram resgatadas 383 tartarugas ao todo, na sua maioria da espécie Podocnemis expansa (tartaruga-da-amazônia).

A região possui grandes tabuleiros de desova de tartarugas-da-amazônia, cujas fêmeas se tornam mais vulneráveis à captura no período reprodutivo: quando sobem nas praias para depositarem seus ovos, os traficantes as viram de casco para baixo, imobilizando-as para serem recolhidas e levadas até os currais. No cativeiro, elas são estocadas amontoadas, sem água nem alimento, até o dia do transporte. As tartarugas estavam sendo mantidas aprisionadas há mais de 15 dias pelos traficantes, em pequenos cercados escondidos na mata.

Na operação foram lavrados 05 autos de infração, que totalizaram 7 milhões e 500 mil reais em multas, e apreendidos 04 embarcações e 05 motores fluviais, que estavam em poder dos 10 traficantes. Além da multa administrativa, o crime ambiental foi comunicado ao Ministério Público, para que sejam investigados e respondam judicialmente. As tartarugas apreendidas – algumas estimadas em até cem anos de idade – foram devolvidas com vida ao Rio Branco.

Apesar de todas essas apreensões se darem fora dos limites da unidade de conservação, a gestão do Parque Nacional do Viruá tem feito um grande esforço para viabilizar essas ações . Com esta nova apreensão, o Parque já totaliza mais de 1.700 tartarugas da Amazônia resgatadas da ação de traficantes e devolvidas aos rios da região com vida nos últimos cinco anos. 

 

*Com informações da Ascom do ICMBio

 

 

 

 

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