A observação de astros não é uma atividade amplamente encontrada na lista de atrativos de unidades de conservação. No entanto, na quarta-feira, dia 15 de junho, o Conselho Diretor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro demonstrou interesse nesse potencial pouco explorado: o órgão aprovou a criação do Programa Estadual de Observação Astronômica nas Unidades de Conservação da Natureza, também chamado Vem Ver o Céu. A iniciativa, que pretende incentivar a prática da observação astronômica nas unidades estaduais e nas RPPNs reconhecidas pelo Estado, é a primeira do tipo no país.
A poluição luminosa noturna tem impactos negativos sobre a fauna e a flora e áreas protegidas são exatamente os espaços capazes de contribuir para conservação e preservação do céu escuro e combate a esse tipo de poluição. Nesse sentido, o incentivo à a prática de observação de astros se torna uma estratégia eficaz para favorecer e promover junto ao público que frequenta as unidades a educação e interpretação ambiental, a recreação, o turismo ecológico e a ciência cidadã.
De acordo com a resolução, o Programa Estadual de Observação Astronômica tem como objetivos: a sensibilização dos visitantes; o combate à poluição luminosa e seus impactos negativos sobre a fauna e a flora; a colaboração com o desenvolvimento socioeconômico do entorno da Unidade de Conservação; a promoção da visitação com fins educativos, recreativos e turísticos; o subsídio à pesquisa científica; e o estimulo à atividades como a fotografia, a observação e turismo astronômicos nas unidades de conservação.
O lançamento do programa acontece nesta quinta-feira, dia 23/06, às 17h00 no Parque Estadual do Desengano. Aliás, a unidade de conservação já demonstrou sua vocação para observação astronômica ao ser a primeira área protegida da América Latina a receber o título de International Dark Sky Park, certificado pela International Dark-Sky Association (IDA).
- Com informações do Inea-RJ