Nos últimos meses, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) desenvolveu uma pesquisa em parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUC) sobre a visão da comunidade local e dos frequentadores sobre o Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela. O objetivo foi verificar o conhecimento do público a respeito do local e da sua história, além de se buscar um padrão de visitação com maiores detalhes das trilhas mais acessadas.
A ação conjunta traçou novas ações efetivas na unidade de conservação, escutando o público que frequenta ou mora no entorno. De modo geral, O público demonstrou interesse sobre a história, a fauna, a flora, os aspectos geomorfológicos e geológicos, os recursos hídricos da região e as práticas religiosas identificadas no local. A pesquisa identificou, também, uma preferência dos visitantes por obter essas informações por meio das redes sociais e das placas interpretativas ao longo das trilhas.
“Os resultados revelaram principalmente como e quais informações os frequentadores do REVISEST gostariam de receber de nós. Isso nos ajudará a formular as próximas ações considerando a realidade do local, as demandas da sociedade e também identificando os possíveis pontos de melhorias”, explica a gestora da unidade, Taís Maia.
O trabalho foi apresentado também às Câmaras Temáticas do refúgio, a fim de alinhar as futuras ações de cada área aos dados obtidos. O antigo gestor do refúgio, Eduardo Pinheiro idealizou e conduziu a pesquisa, com apoio das voluntárias Raquel Mattos (bióloga) e Beatriz Bianchi (engenheira ambiental).
Sobre a unidade de conservação
O Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela, localizado na Região Serrana do Rio, é uma das UCs mais recentes criadas no estado. Ele forma um corredor ecológico entre duas grandes unidades de conservação federais: a Reserva Biológica do Tinguá e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. O refúgio abrange parte dos municípios de Petrópolis, Magé e Duque de Caxias.