Elas são uma ótima opção para quem gosta de aventura e curte a natureza. Elas encantam e transmitem boas energias. Em épocas de altas temperaturas são ainda uma opção refrescante para fugir do calor. Sejam próprias para banho, ou apenas para observação, as quedas d’água são sempre “a cereja no bolo” que torna as trilhas e os passeios ecológicos ocasiões inesquecíveis.
Com algumas das maiores e mais belas quedas d’água do mundo, o Brasil pode se considerar um privilegiado no quesito. Elas são um dos atrativos naturais mais procurados e mais abundantes por aqui: cachoeiras, cataratas, cascatas, saltos e afins estão espalhadas por todos os estados, em seus variados biomas.
Algumas das maiores quedas brasileiras estão dentro de unidades de conservação, unindo beleza, turismo e conservação em um só lugar. Com a ajuda de informações do Projeto Cachoeiras Gigantes, o WikiParques traz uma lista com 5 parques que protegem estas “gigantes” que vão encantar e (com certeza) refrescar quem as conhecer.
Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro
Aqui está a maior queda d’água do país, a Cachoeira da Neblina, com os seus impressionantes 450 metros de altura. A cachoeira está localizada nas nascentes do Rio Soberbo, na parte alta do maciço da Serra dos Órgãos, entre os municípios de Teresópolis e Petrópolis. O local da cachoeira é de difícil acesso e só pode ser feito por meio de expedições autorizadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão gestor do parque nacional.
Criado em novembro de 1939, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi a 3ª Unidade de Conservação instituída no país, em 1939. Ele possui a maior rede de trilhas do Brasil, com mais de 200 km em todos os níveis de dificuldades, além de abrigar mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis. Sem contar os 130 animais ameaçados de extinção e espécies endêmicas que só existem lá.
A área de 20 mil hectares também oferece diversas opções de lazer como piscinas naturais, cachoeiras (menores, mas mais acessíveis que a da Neblina), abrigos de montanha, camping, centros de visitantes e áreas para piquenique. Para montanhistas há ainda a opção de escaladas nos picos como o Dedo de Deus e a Agulha do Diabo.
Parque Nacional do Monte Roraima, Roraima
A segunda e a terceira mais altas quedas d’água estão no Parque Nacional do Monte Roraima: a Nascente Norte do Rio Cotingo, com 375 metros de altura, e a Nascente Sul do Rio Cotingo, com 365 metros. Criado em junho de 1989, a área protegida de 116 mil hectares abrange 10% do Monte Roraima, marco divisor da tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, além de um dos pontos culminantes do país, graças aos seus impressionantes 2.875 metros de altura. A unidade de conservação tem como objetivo, entre outros, a preservação destas nascentes localizadas no sopé do monte, cujas águas formam o rio Cotingo.
O parque é um abrigo para diversas espécies de fauna e flora típicas da região amazônica, com dois ambientes marcantes que o caracterizam: as formações florestais de platô e de montanha, que encantam visitantes pela exuberância das paisagens predominantes nas florestas montana e submontana, no limite do parque.
O Monte Roraima é um dos principais destinos de turismo no estado. O parque costuma ser visitado em diferentes épocas do ano, que vão da estação seca à chuvosa.
Parque Estadual Serra do Aracá, Amazonas
A Cachoeira do El Dorado é a nossas quarta mais alta queda d’água, com mais de 353 metros de altura. Ela está localizada em um pequeno cânion na Serra do Aracá, município de Barcelos, extremo norte do estado. A queda também está dentro dos limites do Parque Estadual Serra do Aracá, cuja área de 1.818.700 hectares fica na fronteira do estado do Amazonas com a Venezuela, na região de montanhas da Amazônia, conhecida por seu alto nível de endemismo de espécies.
O parque estadual criado em março de 1990 recebe seu nome do rio Aracá, que o corta. O cenário composto por planaltos de 1,2 mil a 1,6 mil metros de altura abriga rios, riachos, lagos, campinas, campos e inúmeras cachoeiras. A flora típica da região é marcada por orquídeas das mais diversas espécies.
Diante da imensidão amazônica e marcado pelo difícil acesso, o parque ainda é pouco conhecido dos brasileiros e guarda muitas atrações inexploradas.
Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia
Com 360 metros de altura, a Cachoeira da Fumaça é um dos principais atrativos da Chapada Diamantina. A quinta das maiores quedas d’água do país está localizada no Vale do Capão dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina. A queda recebeu esse nome porque, dada a sua altura, a água evapora-se antes de atingir o solo, como se fosse fumaça.
A Chapada Diamantina é um santuário para mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras. Além disso, ela preserva animais raros, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. Criado em 1985, o parque atua como um protetor desta exuberância e de toda beleza natural da região, suas belas cachoeiras e imponentes chapadões.
Distribuído por cinco municípios, é possível conhecer o parque a partir de diversas localidades, principalmente de Lençóis, do Vale do Capão, Mucugê e Andaraí. O acesso aos seus atrativos é feito por meio de caminhadas.
Parque Nacional de Aparados da Serra, Rio Grande do Sul
Um dos parques mais antigos do país, os 13 mil hectares do Parque Nacional dos Aparados da Serra foram estabelecidos em dezembro de 1957. A unidade de conservação nasceu da preocupação de proteger as belezas naturais da região: as encostas verticais da Serra Geral, os Aparados da Serra. Enquanto desbravavam o estado, os tropeiros viam os suaves campos ondulados do planalto abruptamente terminar, como se estes tivessem sido “aparados” a faca – daí o nome.
Esta característica única da região é responsável tanto pela heterogeneidade de ecossistemas quanto pelo potencial turístico do parque. A unidade é conhecida pelos famosos e impressionantes cânions localizados no interior de seus limites territoriais.
O maior atrativo da unidade de conservação é o Cânion Itaimbezinho, um dos maiores das Américas, com profundidade de até 700 metros. É ali que encontramos a Cachoeira Véu de Noiva, a nossa quinta posição entre as maiores quedas d’água em áreas protegidas com 298 metros de altura. Atualmente, a visitação a este e aos outros atrativos do parque devem ser feitas junto à atual empresa responsável pelos serviços de apoio à visitação.