Reserva Natural Guaricica abre as portas para a visitação pública


Foto: Divulgação

Em agosto, a SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental) abriu para visita pública áreas da Reserva Natural Guaricica, reserva particular do patrimônio natural (RPPN) que mantém no município de Antonina, no litoral norte do Paraná. O público em geral já pode fazer o agendamento das visitas no site da SPVS. Com a novidade, a população vai poder conhecer, presencialmente, os resultados de um trabalho de décadas em prol da conservação e da restauração da natureza e da biodiversidade.

Com a abertura do espaço ao público agora, a expectativa é de que, mais adiante, as outras duas RPPNs criadas pela instituição (Reserva Natural das Águas, também em Antonina, e Reserva Natural Papagaio-de-cara-roxa, em Guaraqueçaba), também passem a receber visitantes interessados em compreender mais sobre a importância da preservação ambiental, especialmente da Mata Atlântica e seus ecossistemas associados.

Programações futuras também considerarão práticas como observação de animais, inclusive noturnos. Todas as novidades, entretanto, incluindo o momento em que serão anunciadas, vão respeitar as orientações e recomendações das autoridades de saúde.

Natureza e dignidade humana restauradas

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Na Reserva Natural Guaricica, o visitante terá a oportunidade de fazer uma trilha de nível fácil com duração de cerca de uma hora. Nela, colaboradores da SPVS apresentarão a história das três reservas: as diferentes etapas e os desafios enfrentados pela equipe desde a aquisição das áreas. O visitante vai poder observar os efeitos de uma transformação que hoje permite a existência de animais ameaçados de extinção como a onça-parda, a jaguatirica, a cotia e o irara. A experiência da visita completa à Reserva Natural, no total, dura cerca de três horas.

“Nada menos que 1.500 hectares de áreas naturais estão em processo de restauração. Foram plantadas quase um milhão de árvores nativas e este trabalho foi feito pelas mãos de moradores locais, que, antigamente, trabalhavam nas fazendas que foram adquiridas. O conhecimento tradicional trazido por essas pessoas, aliado ao científico, foi fundamental para hoje aproveitarmos conquistas dignas de serem celebradas”, diz Reginaldo Ferreira, coordenador das atividades nas reservas da SPVS.

Reginaldo conta os ganhos da conservação: hoje, a floresta é capaz de estocar cerca de 700 mil toneladas de carbono, auxiliando na redução dos impactos das mudanças climáticas. Além disso, a recuperação da floresta também trouxe a recuperação da dignidade social dos moradores da região, que tiveram oportunidades de inclusão e educação.

  • Com informações da SPVS

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