5 Parques para quem gosta de acampar


Nossas unidades de conservação têm muito a oferecer: cachoeiras, cavernas, trilhas, travessias, observação da fauna e da flora, escaladas, passeios a barco e um sem número de atividades. É tanto para conhecer e tanto para aproveitar que apenas algumas horas de visita não parecem ser (e talvez não sejam) suficientes. Nestes casos, o acampamento (ou camping) pode ser a solução para quem busca uma maior imersão na natureza.

Já é sabido que o contato diário com a natureza ajuda na promoção da saúde física, mental e, para crianças, desenvolve suas habilidades cognitivas, sociais, motoras e emocionais. Além da saúde, a atividade é uma ótima forma de fortalecer as relações interpessoais. O simples ato de estar com alguém num espaço natural, sem distrações do mundo moderno, favorece o diálogo e a interação direta. Os estímulos que a natureza oferece e o desafio de acampar fortalecem as relações entre as pessoas e delas com o mundo natural.

O Brasil é um país com muito potencial para a atividade de camping em áreas naturais, com clima propício e lugares incríveis. A seguir, conheça algumas unidades de conservação onde é possível ter essa experiência inesquecível. 

Parque das Neblinas, São Paulo

Cachoeira do Rio Itatinga localizada dentro do Parque das Neblinas. Foto: Sergio Zacchi/WikiParques

O Parque das Neblinas é uma reserva particular do patrimônio natural (RPPN) pertencente à empresa Suzano Papel e Celulose e gerida pelo Instituto Ecofuturo. Localizado nos municípios de Mogi das Cruzes e Bertioga (SP), no alto da Serra do Mar, o parque conserva a bacia do rio Itatinga e promove atividades de visitação, pesquisa científica, manejo florestal, educação socioambiental, proteção da biodiversidade, restauração e conservação da Mata Atlântica.

O Parque possui uma área de camping onde é possível passar a noite em meio à floresta. Com módulos que proporcionam contato com a natureza, área de banho e alimentação próprias, a estrutura foi desenvolvida para que sua operação seja de baixo impacto ambiental. O visitante é responsável por trazer sua barraca e outros materiais necessários para acampar. O espaço comporta grupos de até 20 pessoas.

Todas as atividades devem ser agendadas previamente. Para novos agendamentos e outras informações, acesse o site da reserva ou entre em contato através do telefone (11) 4724-0555 ou do e-mail [email protected]

Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro

Abrigo de Montanha no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Foto: Anderson Melo/WikiParques

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi a terceira unidade de conservação criada no país, em 1939. Ele tem a maior rede de trilhas do Brasil com mais de 200 km em todos os níveis de dificuldades, além de abrigar mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, sem contar 130 animais ameaçados de extinção e espécies endêmicas que só existem lá.

Com 20.024 hectares, o parque se estende pelos municípios serranos de Petrópolis, Guapimirim, Magé e Teresópolis. Tanto na Sede Teresópolis, quanto na Sede Guapimirim, os visitantes têm à sua disposição, além dos mais diversos atrativos, áreas de camping (Teresópolis, Jacu e Araçari), áreas de piquenique e sanitários. 

Ao longo da clássica travessia Petrópolis-Teresópolis, há outros dois pontos de pernoite em meio aos 30 km de subidas e descidas pela parte alta das montanhas: os abrigos de montanha do Açu e da Pedra do Sino. Cada um conta com uma área de camping adjacente ao chalé de madeira que possui quartos coletivos para pernoite. O visitante pode escolher entre pernoitar em beliches ou sobre isolantes térmicos. Além disso, os abrigos contam com sanitários, chuveiros com água quente e estrutura de cozinha para que os visitantes preparem seus alimentos.

Informações sobre os serviços de cobrança de ingresso e operação das áreas de camping e abrigos estão à disposição no site www.parnaso.tur.br.

Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais

Pico do Itacolomi. Foto: Ane Souz/Secretaria de Turismo Ouro Preto

Entre os municípios de Ouro Preto e Mariana, na região sudeste de Minas Gerais, a 100 km de Belo Horizonte, está o Parque Estadual do Itacolomi. Estabelecido em 1967, sua atração mais emblemática lhe dá nome: o Pico do Itacolomi. Com 1.772 metros de altitude, essa formação rochosa distinta pode ser vista de diferentes pontos do Centro Histórico de Ouro Preto, sendo um cartão-postal da cidade.

O Parque possui uma área de 7.543 hectares de matas onde predominam as quaresmeiras e candeias ao longo dos rios e córregos. Nas partes mais elevadas aparecem os campos de altitude com afloramentos rochosos e muitas nascentes que deságuam, em sua maioria, no rio Gualaxo do Sul, afluente do rio Doce. Diversas espécies de animais raros e ameaçados de extinção podem ser encontrados ali, como o lobo guará, a ave-pavó, a onça parda, o andorinhão de coleira, além de outras 200 espécies de aves.

O Parque possui uma área de camping, que conta com uma estrutura de apoio, quatro churrasqueiras cobertas com capacidade total para 60 pessoas. A estadia no camping demanda agendamento prévio, pois a área suporta no máximo 30 barracas. Para hospedagem em suas instalações é necessário agendamento prévio através do e-mail [email protected] 

Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Goiás

As Sete Quedas no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Foto: Ingrid Beatriz/WikiParques

Criado em 1961, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros está localizado no nordeste do Estado de Goiás. Seus 240 mil hectares de cerrado de altitude abrigam espécies e formações vegetais únicas, centenas de nascentes e cursos d’água, rochas com mais de um bilhão de anos; além de paisagens de rara beleza. O Parque também preserva áreas de antigos garimpos, como parte da história local. Em 2001, a UNESCO o declarou Patrimônio Natural da Humanidade.

Além da conservação, o Parque tem como objetivos a pesquisa científica, a educação ambiental e a visitação pública. As trilhas e os banhos de cachoeira estão entre as principais atividades do Parque, e a Travessia das Sete Quedas é uma das mais procuradas. As quedas são cachoeiras de pequeno porte que proporcionam uma visão cênica de 360º do parque. Lá os visitantes podem se banhar nas piscinas naturais, subir nas quedas e contemplar o Rio Preto. O trajeto de 23 km exige o pernoite na única área de camping do Parque, que tem capacidade para 17 barracas e fica a uma distância de 150 metros das quedas.

Se a ideia parece interessante, o sistema para a reserva e pagamento do(s) pernoite(s) na área de acampamento da Travessia das Sete Quedas está disponível na página da concessionária Sociparques, no endereço: https://sociparques.com.br/. Dúvidas e maiores informações podem ser obtidas através do telefone (62) 99642-9828.

Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais

Parque Estadual do Ibitipoca. Foto: Felipe Tubarão

Um dos parques mais visitados de Minas Gerais, o Parque Estadual do Ibitipoca recebe milhares de turistas anualmente que buscam conhecer suas cachoeiras, trilhas, picos, piscinas naturais, grutas e mirantes. Criado em 1973, o parque ajuda a proteger quase 1.500 hectares de Mata Atlântica e é um importante reduto para fauna e flora nativa do bioma.

Localizado na Serra do Ibitipoca, a unidade de conservação preserva a Mata Atlântica mineira e sua vegetação típica de campos rupestres em afloramentos rochosos e matas ciliares ao longo dos cursos d’água. Também abriga uma rica fauna, com a presença de espécies ameaçadas de extinção, como a onça parda, o lobo guará e o primata sauá. O parque possui uma área de camping com capacidade para 30 barracas, equipada com sanitários básicos e chuveiros quentes. Para estadia e informações, o e-mail de contato é [email protected]

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