A mais recente campanha de monitoramento de mamíferos feita por 81 armadilhas fotográficas no Sul da Bahia trouxe resultados significantes. Biólogos comemoraram as reaparições da anta e do macaco-prego-de-crista (Sapajus robustus), animais ameaçados de extinção em nível mundial. O gato-maracajá, a onça-parda e o gato-mourisco, ameaçados em nível nacional, também voltaram a ser registrados. Os registros foram feitos na Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel (BA) e no Parque Nacional do Pau-Brasil (BA).
Realizado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/CENAP), em parceria com a Veracel, o Parque Nacional do Pau-Brasil e o Instituto Pró-Carnívoros, o levantamento soma um total de 32 espécies de mamíferos de médio e grande porte. “O monitoramento é importante para complementar os dados já obtidos e entendermos como está a interação das espécies na floresta, visando a conservação da onça-pintada na região”, declara Virgínia Camargos, bióloga e coordenadora da reserva particular.
Esta foi a segunda de uma série de campanhas de monitoramento da onça-pintada realizada pelo CENAP. Em longo prazo, esse estudo pretende gerar informações de como as populações das espécies registradas estão flutuando ao longo do tempo, auxiliando na definição de melhores estratégias de conservação. “Devido à intensa pressão de caça que a região sofre e os efeitos da fragmentação florestal da Mata Atlântica no Nordeste, essas duas áreas protegidas representam importantes refúgios para a fauna da região”, diz Marcelo Magioli, pesquisador associado do Instituto Pró-Carnívoros e do ICMBio/CENAP.
Animais mais vistos
Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel, os animais que mais apareceram em frente às câmeras foram: cotia, tatu-galinha, cateto, gambá-de-orelha-preta e veado. No Parque Nacional Pau-Brasil, os cinco mais vistos foram: tatu-galinha, cateto, gambá-de-orelha-preta, paca e veado. Neste último, as novidades ficaram por conta do tapeti e da capivara, animais que não haviam sido registrados na primeira campanha.
*Com informações da RPPN Estação Veracel