Parque das Neblinas é campo para estudo sobre espécies raras de musgos


Musgos no Parque das Neblinas. A riqueza de espécies da reserva ambiental atraiu a pesquisa do biólogo Wagner Luiz dos Santos da Unicamp. Foto: Elisa Carneiro

A riqueza de espécies de musgos no Parque das Neblinas (SP) tornou a unidade de conservação em um dos campos de estudo para a tese de doutorado “Como a evolução dos sistemas sexuais se relaciona aos traços reprodutivos, à diversidade genética e à termotolerância em Fissidens hewd (Fissidentaceae, Bryopsida)”, desenvolvida pelo biólogo Wagner Luiz dos Santos. O pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) analisa os mugos, parte do grupo vegetal das briófitas.

O objetivo da pesquisa é entender como a evolução dos sistemas sexuais do Fissidens, um gênero de musgo, está relacionada à reprodução, à diversidade genética e a termotolerância das espécies. Segundo o pesquisador, briófitas é um nome genérico destinado a três grupos de plantas que apresentam características semelhantes entre si – os musgos, as hepáticas e os antóceros. Eles foram os primeiros grupos a conquistarem o ambiente terrestre durante a evolução dos vegetais.

Musgo do gênero Fissidens. Entre as mais de 500 espécies de flora já identificadas no Parque das Neblinas, as briófitas apresentam alguns dos menores representantes em tamanho. Foto: Wagner Luiz dos Santos e Marilia Tavares

Entre as mais de 500 espécies de flora já identificadas no Parque das Neblinas, as briófitas apresentam alguns dos menores representantes em tamanho. Elas também são bioindicadoras de qualidade ambiental e removem poluentes da atmosfera e da água, além de algumas apresentarem propriedades medicinais.

“O Parque das Neblinas apresenta riqueza de espécies e, das já identificadas, inúmeras são consideradas raras. O trabalho de conservação ambiental realizado na reserva é fundamental para a maior diversidade de espécies e auxilia nos bons resultados colhidos pelo estudo”, afirma Santos. “As briófitas também servem como habitat para animais microscópicos e como substrato para o desenvolvimento de algumas plantas, como por exemplo, as orquídeas”, conclui o pesquisador.

Ao todo, são mais de 1.200 espécies da biodiversidade já identificadas nos 6000 hectares de Mata Atlântica da reserva ambiental e, dentre elas, 87 famílias botânicas. Para conhecer mais sobre a fauna e a flora protegidas na área, confira a publicação “A biodiversidade no Parque das Neblinas”, disponível gratuitamente no site do Instituto Ecofuturo, gestor da reserva.

 

*Com informações do  Instituto Ecofuturo

 

 

 

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