Rei-do-bosque é fotografado no Parque Estadual Morro do Diabo, em São Paulo


“A foto foi tirada em uma área de Floresta Estacional Semidecidual nos domínios da Mata Atlântica de Interior. Por isto o registro é tao importante”, explica a pesquisadora científica do IF Andréa Pires Soares. Foto: Helder Henrique de Faria

Na manhã do dia 14/06, uma ave rara no estado de São Paulo foi registrada no Parque Estadual Morro do Diabo (SP): o rei-do-bosque (Pheucticus aureoventris). O registro foi obtido por um pesquisador científico do Instituto Florestal (IF) em uma área em estágio avançado de regeneração do Parque.

O rei-do-bosque é uma ave de pequeno porte, apresentando em média 20 cm de comprimento. O raro registro na região é importante para a ciência e a compreensão da distribuição da espécie e suas rotas migratórias.

A espécie distribui-se principalmente ao longo da cordilheira dos Andes (Argentina, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela) e habita paisagens áridas e semiabertas com árvores esparsas e matas secas, bem como florestas tropicais e subtropicais úmidas de montanha e campos arbustivos de altitude. Os primeiros registros desta ave em território brasileiro foram publicados em 1870 a partir de espécimes coletados por Johann Natterer no Mato Grosso em 1828. Sua distribuição no Brasil ocorre no sudoeste do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo uma espécie de ocorrência ocasional. Em São Paulo, de acordo com o site Wikiaves, existe um registro na cidade de Botucatu, de 2018.

Responsável pela fotografia, o pesquisador e doutor em geografia Helder Faria é membro da equipe do projeto “Avifauna do PEMD, fragmentos lindeiros e área urbana de Teodoro Sampaio – SP como indicadora da qualidade ambiental do município”, em desenvolvimento desde fevereiro de 2018 na unidade de conservação. “Como não enxergo muito bem, e pela distância, fiz o registro acreditando ser um bem-te-vi, pelo tom amarelado. Quando cheguei em casa, analisei a fotografia e consultei os livros de ornitologia. Fiquei extremamente surpreso”, revela Helder.

 

*Com informações do Instituto Florestal

 

 

 

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