ICMBio lança iniciativa para conservação de primatas na região do rio Jequitinhonha


O muriqui-do-norte é uma das espécies de primata criticamente ameaçada de extinção que serão contempladas pelo projeto. Foto: Peter Schoen/Wikimedia

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou nesta semana o Projeto Primatas do Jequitinhonha com o objetivo de promover a preservação das espécies de macacos através do estímulo da pesquisa em unidades de conservação e do envolvimento da sociedade com as áreas protegidas. A ser realizada na região do rio Jequitinhonha, a iniciativa tem começo previsto já para o primeiro semestre de 2019 e começará suas ações na Reserva Biológica da Mata Escura (MG).

A reserva biológica abriga populações de três primatas ameaçados no país: o barbado-vermelho (Alouatta guariba guariba) e o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), ambos criticamente ameaçados de extinção; e o macaco-prego-do-peito-amarelo (Sapajus xanthosternos), considerado em perigo.

O coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros, Leandro Jerusalinsky, explica que a ideia de montar um projeto para conservação de primatas na reserva biológica começou há alguns anos, “a partir da compreensão de que essa é uma área da mais alta prioridade para a conservação de primatas no Brasil e no mundo, considerando que é a única unidade de proteção integral na Mata Atlântica a abrigar duas espécies criticamente ameaçadas”. Ainda segundo ele, outras unidades de conservação serão contempladas pelo projeto, como o Parque Nacional do Alto Cariri (BA).

O projeto está alinhado com outros programas do ICMBio como o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e da Preguiça-de-coleira e o Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade em Unidades de Conservação. A proposta é conhecer melhor a diversidade, distribuição e estado de conservação dos animais na região do Jequitinhonha. O projeto já iniciou o planejamento de atividades e tem ações previstas até 2020. O plano é ir a campo para começar a produção de materiais informativos ainda no primeiro semestre deste ano.

O projeto interinstitucional tem apoio da Coordenação Regional 11, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros – CPB, com a coordenação técnico-científica do programa, além de instituições parcerias, como a ONG Muriqui Instituto de Biodiversidade – MIB, a empresa Anglo American, que está apoiando ações da Operação Primatas e a Associação de Ex Brigadistas da Rebio Mata Escura.

 

*Com informações do ICMBio

 

 

 

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