Por Maria Carolina Las Casas e Novaes
São Paulo – O Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) realizou, entre os dias 26 de julho a 2 de agosto, o curso BIB-450 – “Princípios e técnicas de educação ambiental aplicados à atividade de caminhada em trilha e montanhismo em unidades de conservação”. Em sua 17ª edição, a capacitação, que aconteceu no Parque CienTec, reuniu 50 participantes e abordou aspectos conceituais e aplicados, visando a otimização deste importante instrumento de educação ambiental. O curso é uma matéria optativa condensada da USP e curso de extensão para alunos externos. Vários professores e especialistas foram convidados a palestrar e discutir com os alunos assuntos relativos aos conceitos de Educação Ambiental; o Sistema Brasileiro de Unidades de Conservação (SNUC); Noções de Resgate e Primeiros Socorros; Ética e Mínimo Impacto em Trilhas; Orientação e Técnicas de Escalada e Rapel; Equipamentos Básicos; entre outros. Ao final das aulas práticas e teóricas os estudantes participaram de uma excursão prática ao Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira. Como parte do curso, os alunos apresentaram um projeto de pesquisa feito em grupos e fizeram uma prova individual.
O curso é parte do projeto de pesquisa e educação criado e coordenado pelo professor do Instituto de Biociências (IB) da USP, Dr. Flávio Berchez, que engloba um sistema de formação de monitores, visitas monitoradas em Unidades de Conservação, atividades de apoio à escola pública e uma série de pesquisas. Flávio recentemente desenvolveu com sua equipe de monitores, a formulação de Protocolos com o objetivo de embasar os modelos educacionais desenvolvidos a partir do projeto.
Aprendendo na prática
O estudante de Biologia da USP, Plinio Van Deursen, participou do curso e comentou sobre sua experiência. “Nunca tinha, de fato, parado para pensar como de uma simples caminhada se pode extrair tanta coisa. Esse curso mostrou isso muito bem, não pelo fato de eu ter aprendido novos conteúdos, mas por escancarar essa diferença do ensino não-formal. A elaboração de uma atividade simples, como o Protocolo do Ciclo do Carbono e Mudanças Climáticas nos mostra o quanto podemos aprender e descobrir com esse passeio ao ar livre.”
Para Aline Melo de Abreu, educadora ambiental do SESC Bertioga, “participar da disciplina foi inspirador e me levou a uma série de reflexões sobre o trabalho que desenvolvemos no Sesc Bertioga. As trocas foram muito ricas e já me preparo para aplicar os conhecimentos no trabalho. Agradeço ao Flávio, professores convidados e monitores por compartilhar conhecimentos tão importantes para a vida profissional e pessoal”, afirmou a educadora.
Para mais informações de novos cursos e sobre o projeto, basta acessar o site: www.ib.usp.br/ecosteiros2.
Educação Ambiental
É um conceito que está definido no SNUC e visa articular e integrar os segmentos internos e externos à UC como: professores(as), estudantes, pesquisadores(as), técnicos(as), servidores(as), moradores(as), população do entorno, agentes de turismo, monitores(as), agentes comunitários(as), pessoal terceirizado, entre outros atores sociais, na perspectiva de contribuir para a construção e ampliação de sua consciência, visando à participação de cidadãos e cidadãs na defesa do meio ambiente e na melhoria da qualidade de vida. O desenvolvimento eficiente das atividades de Educação Ambiental (EA) depende de um correto embasamento conceitual e de uma avaliação científica que indique eventuais adequações necessárias.