Queixadas são avistados na Reserva Natural das Águas


O queixada. Imagem ilustrativa. Foto: Ana Cotta/Flickr

Um grupo de queixadas foi filmado enquanto se alimentava na área da reserva particular do patrimônio natural (RPPN) Reserva Natural das Águas (PR). O queixada (Tayassu pecari), também chamado de porco-do-mato, é uma espécie gravemente ameaçada de desaparecer das áreas do bioma Mata Atlântica. O vídeo (assista a seguir) foi feito por moradores do município de Antonina, vizinho à reserva.

A caça ilegal e a redução das áreas naturais são os principais fatores que levaram à redução do número desses animais, de acordo com o biólogo Roberto Fusco, que coordena um projeto de pesquisa e monitoramento de grandes mamíferos na região. O território ocupado pela espécie abrange grande parte da América do Sul e algumas áreas da América Central, mas a população tem diminuído rapidamente nas últimas décadas. Hoje, os queixadas já são considerados extintos em algumas áreas do Brasil. Para Fusco, a proteção de áreas naturais na região da Serra do Mar e, principalmente, a fiscalização contra a caça nessas áreas podem estar atraindo essas espécies de volta às unidades de conservação da Serra do Mar.

Segundo a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), instituição que é proprietária de três reservas naturais na região – entre elas a Reserva Natural das Águas –, o trabalho de restauração de florestas também tem contribuído para trazer os queixadas de volta à região. O coordenador das reservas da SPVS, Reginaldo Ferreira, explica que, antes da criação dessas unidades de conservação, em 1999, a região era ocupada por fazendas de búfalos e pastagens, onde a caça de animais silvestres era comum. Isso acabou “empurrando” diversas espécies nativas para as encostas da serra. “O processo de restauração ecológica que foi realizado pela SPVS e o monitoramento contra crimes ambientais em parceria com o Batalhão da Polícia Ambiental, permitiu que esses animais começassem a descer. Hoje, é bem mais fácil avistar algumas dessas espécies nas planícies”, explica Ferreira.

 

 

 

 

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