Estudos reforçam aptidão para mosaico de UCs no Pantanal


O Parque Nacional Pantanal Matogrossense é uma das unidades que formará o grande mosaico de 887.855 hectares proposto pelo ICMBio. Foto: Maria das Graças Duarte Mougenot

Conectar 4 diferentes áreas protegidas para criar um mosaico de unidades de conservação no Pantanal. O Estudo da proposta de ampliação das unidades de conservação do Pantanal Norte Mato Grosso embasa a proposta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de formar o mosaico com áreas protegidas novas e outras já existentes: o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (MT), a Estação Ecológica de Taiamã (MT), o Parque Estadual do Guirá (MT) e o Parque Estadual Encontro das Águas (MT), juntos ocupam 360.272 hectares. Com inclusão das novas unidades incluídas no estudo, o mosaico somará 887.855 hectares, formando um grande corredor ecológico.

O estudo sugere a criação de 2 novas unidades de conservação federais – uma Reserva de Fauna e um Refúgio de Vida Silvestre, modalidades que permitem a convivência com atividades econômicas – e a ampliação da Estação Ecológica de Taiamã e do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense. Com isso espera-se fortalecer a conservação, pois áreas conectadas dão mais condições de sobrevivência às espécies.

Um mosaico tem como objetivo primordial compatibilizar, integrar e otimizar atividades desenvolvidas nas unidades de conservação que o compõem. O Pantanal é um exemplo de convivência de atividades produtivas com a conservação da natureza. Cerca de 83% de sua vegetação natural permanecem preservados, ainda que apenas 4,6% da área do bioma estejam protegidos em Unidades de Conservação.

O estudo conclui que uma das razões que contribuem para a conservação da vegetação natural do Pantanal é que o território proposto para a criação do mosaico tem baixa aptidão agrícola “em toda sua extensão”, com inundação cíclica. As áreas aproveitadas nos períodos de seca, diz o documento, são “esparsas e residuais” e “as estimativas de rebanho neste território são pouco significativas”.  

O documento foi elaborado pela empresa Agrotools, especializada em identificar a dinâmica dos riscos que afetam a segurança do agronegócio brasileiro. Já foram realizadas audiências públicas nas cidades de Cáceres e de Poconé para discutir junto à população a criação do mosaico de unidades de conservação. Em Cáceres há 131 espécies de peixes e 237 de aves, além de abundância de espécies ameaçadas de extinção, como onça pintada, ariranha e cervo do Pantanal.

 

*Com informações do WWF-Brasil 

 

 

 

 

Post navigation

Anterior

Próximo