Parque Estadual do Utinga realiza soltura de ave ameaçada de extinção


As ararajubas com suas vibrantes cores amarelo e verde voltam aos poucos a colorir os céus de Belém. Foto: Marcelo Vilarta/Ascom Ideflor-bio

Nesta segunda-feira (10/09), o Parque Estadual do Utinga (PA) foi palco da soltura de 10 ararajubas (Guaruba guarouba), espécie ameaçada de extinção e endêmica da amazônia brasileira. Outras 12 já haviam sido soltas no parque paraense em janeiro deste ano, como parte do projeto Reintrodução e Monitoramento das Ararajubas em Unidades de Conservação da Região Metropolitana de Belém – Belém Mais Linda. A iniciativa é do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), em parceria com a Fundação Lymington.

Antes da soltura, as ararajubas passaram quase 4 meses em um viveiro, já dentro do parque, para se aclimar novamente ao ambiente amazônico e recuperarem a autonomia necessária para sobreviver livremente na natureza. Além das cores vibrantes das aves, amarelas e verdes, os céus de Belém tem outro motivo para se alegrarem com a gradual reintrodução da espécie, já que as ararajubas não eram vistas na região metropolitana da capital paraense há mais de 60 anos.

Um terceiro grupo de ararajubas deverá chegar ao parque em breve para readaptação em cativeiro antes de serem soltos na última ação prevista do projeto, que acaba em dezembro. De acordo com a gestora de biodiversidade do Ideflor-bio, Nívia Pereira, apesar de terem sido consideradas extintas localmente em Belém, cerca de 80% da população de ararajubas em vida livre está no Pará. A expectativa agora é que elas circulem pela região, mas que façam do parque seu lar, onde estarão mais protegidas e terão mais segurança para estabelecer seus ninhos. Um casal do grupo solto anteriormente já deu exemplo, com o primeiro filhote nascido em abril, o primeiro indivíduo da espécie nascido livremente em Belém nos últimos 50 anos.

A espécie é endêmica da amazônia brasileira e veste – literalmente – as cores do Brasil como evidência do seu patriotismo. Foto: Ideflor-bio/Divulgação

 

 

 

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