Reserva Particular do Patrimônio Natural Papagaios-de-Altitude será inaugurada neste sábado


A unidade de conservação beneficiará a conservação da população do papagaio-charão – espécie ameaçada de extinção. Censo recente registra aumento de 100% (de 10 mil para 20 mil indivíduos). Foto: Haroldo Palo Jr. / Fundação Grupo Boticário
A unidade de conservação beneficiará a conservação da população do papagaio-charão – espécie ameaçada de extinção. Censo recente registra aumento de 100% (de 10 mil para 20 mil indivíduos). Foto: Haroldo Palo Jr. / Fundação Grupo Boticário

No próximo sábado, dia 14/04, será inaugurada a Reserva Particular do Patrimônio Natural Federal Papagaios-de-altitude (SC). A nova área protegida é fruto de uma parceria entre os pesquisadores da Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA) e a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza que, desde 1993, atuam na conservação do papagaio-charão (Amazona pretrei) e do papagaio-do-peito-roxo (Amazona vinacea) por meio de iniciativas realizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e, mais recentemente, no Sudeste do País.

A reserva particular do patrimônio natural (RPPN) fica localizada no município de Urupema. Seus 36,06 hectares de extensão ocupam a área de uma antiga fazenda de criação de gado. A região é de Mata Atlântica, onde ocorrem florestas com araucárias e campos de altitude. Os objetivos iniciais da RPPN são aproximar a comunidade local e produtores rurais, além de estimular a conservação da natureza pela população por meio de visitas e trilhas interpretativas.

Dentre as espécies foco da RPPN Papagaios-de-altitude está também o Papagaio-de-peito-roxo. Foto: Élinton Rezende
Dentre as espécies foco da RPPN Papagaios-de-altitude está também o Papagaio-de-peito-roxo. Foto: Élinton Rezende

Cerca de 16 espécies da fauna e flora, ameaçadas de extinção, já foram encontradas na nova RPPN, o que que é demonstrado nos registros das armadilhas fotográficas. As câmeras registraram o chamado efeito guarda-chuva que, de acordo com os especialistas, ocorre quando outras espécies que utilizam o mesmo habitat são beneficiadas pela conservação do local. Em pouco tempo, já foram gravadas as passagem de cervos, seriemas, quatis, jacus, roedores e até pumas – animais considerados como ótimos indicadores de qualidade de conservação ambiental, pois estão no topo da cadeia alimentar.

Além das duas espécies de papagaios focos do projeto, já foram encontradas na nova RPPN, inclusive pumas – animais considerados indicadores de qualidade de conservação ambiental. Foto: Projeto Charão
Além das duas espécies de papagaios focos do projeto, já foram encontradas na nova RPPN, inclusive pumas – animais considerados indicadores de qualidade de conservação ambiental. Foto: Projeto Charão

Essa biodiversidade conservada também traz benefícios para a qualidade de vida das pessoas da região. “Cuidar do ecossistema mantendo em pé a floresta garante serviços ambientais como água com qualidade, solo fértil e ar puro. Também há um interessante aspecto econômico: a região da qual estamos falando tem se consolidado como um dos principais pontos no País de avistamento de papagaios, prática que movimenta o turismo e a economia regional”, avalia a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes. Ela destaca que, nesta época do ano, é justamente o período de observadores de aves visitarem a região para avistar as espécies. Festivais como os do Papagaio-charão e do Papagaio-de-peito-roxo atraem visitantes e turistas e, neste ano, serão realizados nos dias 21 e 22 de abril.

Equipe do Projeto Charão na RPPN Papagaios-de-Altitude em Urupema, Santa Catarina. Foto:  Projeto Charão
Equipe do Projeto Charão na RPPN Papagaios-de-Altitude em Urupema, Santa Catarina. Foto: Projeto Charão

*Com informações de CentralPress/Neomundo

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