ICMBio propõe mosaico de áreas protegidas na Caatinga com 850 mil hectares


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A região do Boqueirão da Onça, onde foi proposta a criação de um mosaico. Foto: Claudia Bueno

A Caatinga atualmente é um dos biomas menos protegidos do país. Atento à necessidade de proteger as riquezas do sertão brasileiro, o ICMBio propôs a criação de um mosaico de áreas protegidas no bioma. A proposta abrange 850 mil hectares do semiárido baiano, na região do Boqueirão da Onça, e o mosaico seria formado por um parque nacional de 345 mil hectares e uma área de proteção ambiental (APA) de 505 mil hectares.

A proposta já foi encaminhada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) à Casa Civil da Presidência da República, onde será analisada. O mosaico compreenderia 5 municípios baianos: Sento Sé, Campo Formoso, Sobradinho, Juazeiro e Umburanas. A região do Boqueirão da Onça é uma extensa área do sertão da Bahia caracterizada por desfiladeiros, cavernas com inscrições rupestres e uma rica biodiversidade. Um dos destaques, localizado na área proposta para APA, é a Toca da Boa Vista, a maior caverna brasileira, com 97,3 km de extensão.

Entre as espécies ameaçadas de extinção que podem ser encontradas na região estão o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), o gato-mourisco (Puma yagouaroundi) e o gato-do-mato (Leopardus tigrinus); além das aves arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) e o jacu-estalo (Neomorphus geoffroyi). De acordo com o pesquisador José Alves Siqueira, autor do livro Flora das Caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação, “trata-se da última grande área selvagem de todas as caatingas do Nordeste brasileiro”.

 

*Com informações ICMBio

 

 

 

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