Mais de 10 milhões de pessoas visitaram parques nacionais em 2017


Parque Nacional de Aparados da Serra (RS). Cerca de 10,7 milhões de pessoas visitaram as unidades em 2017. Foto: Lucio Santos/ICMBio
Parque Nacional de Aparados da Serra (RS). Cerca de 10,7 milhões de pessoas visitaram as unidades em 2017. Foto: Lucio Santos/ICMBio

Mais de 10 milhões de pessoas escolheram visitar uma área protegida brasileira em 2017. É um novo recorde de visitação. Os números foram divulgados pelo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski, em palestra no seminário Mais Turismo, Mais Emprego e Renda, realizado ontem (27/02) no jornal O Globo.

Segundo Soavinski, 10,73 milhões de pessoas visitaram atrativos naturais sob a gestão do instituto. Não se tem compilado o número de visitantes em unidades de conservação sob gestão dos estados e municípios.

“É preciso entender que, para desenvolver o turismo nas unidades de conservação, precisamos primeiro criar condições de o turista chegar até elas por meio de estradas e aeroportos, mas nem sempre temos essa infraestrutura”, afirmou Ricardo Soavinski.

Ricardo Soavinsky (centro), Presidente do ICMBio; ministro do Turismo, Marx Beltrão (ao microfone); Pedro Cunha Menezes no Seminário do jornal O Globo. Foto: O Globo
Ricardo Soavinsky (centro), Presidente do ICMBio; ministro do Turismo, Marx Beltrão (ao microfone); e Pedro Cunha Menezes (à direita),  coordenador de Uso Público e Negócios do ICMBio, no Seminário do jornal O Globo. Foto: O Globo

Ainda segundo Soavinski, a grande preocupação do ICMBio é ganhar escala. Ele defende que a Medida Provisória que cria o fundo de compensações ambientais irá ajudar o órgão a estruturar os parques e melhorar a visitação. Uma das iniciativas é aumentar a concessão de serviços públicos nos parques nacionais.  

“O ICMBio faz o que é preciso dentro do desenho institucional que foi criado. Temos 4 pessoas para lidar com a concessão em 73 parques nacionais. Não conseguiremos atender a demanda nunca, até que o desenho institucional mude”, defende Pedro da Cunha e Menezes, coordenador de Uso Público e Negócios da diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio.

Turismo pé no parque

As trilhas de longo curso, que ligam várias unidades de conservação, são a paixão de Pedro Menezes, que explicou que o chamado turismo de pedestre — feito por turistas que tem como objetivo percorrer grandes trilhas– tem o dom de gerar emprego e renda em locais sem grande potenciais econômicos.

A cada 15 Km é preciso ter uma estrutura mínima de pousadas e  bares para atender esse turista.

Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA). Foto: Arquivo/ ICMBio
Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA). Foto: Arquivo/ ICMBio


Boa nota, mas não para passar

O Brasil ocupa a 1ª colocação no quesito atrativos natural entre 136 países avaliados por um estudo de competitividade no turismo apresentando no Fórum Econômico Mundial. Apesar disso, o turismo em parques ainda é incipiente, se comparado com outros países.

“Enquanto agora passamos dos 10 milhões de visitantes, os EUA registram mais de 300 milhões”, comentou Pedro Passos, presidente do Conselho de Administração da Natura e fundador do Semeia. Segundo Passos, apesar do aumento visitações, o Brasil precisa avançar muito mais.

Segundo o ministro do Turismo, Marx Beltrão, que participou do primeiro painel do seminário, o Brasil tem um enorme enorme potencial a desenvolver nessa área. “Somos considerados o número um do mundo em atrativos naturais e precisamos explorar melhor esse nosso diferencial sempre de forma sustentável”, afirmou.

 

 

 

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