Na terça-feira (21/11), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou a publicação Turismo de Base Comunitária em UCs Federais – Princípios e Diretrizes, com o objetivo de promover e fortalecer a atividade nas unidades de conservação federais.
A publicação apresenta o conceito de turismo de base comunitária (TBC), seus princípios e diretrizes divididos em três blocos. Também estabelece diretrizes para a qualificação da experiência das comunidades e do público visitante, relacionadas diretamente ao caráter educativo e potencialmente transformador da proposta. Trata ainda de parâmetros para que o TBC esteja em compatibilidade e fortaleça os objetivos de criação e manejo das diferentes categorias de unidade de conservação.
“Esperamos que essa publicação possa fomentar o diálogo e promover o amadurecimento do tema para que o TBC gere os benefícios tão esperados”, ressalta Thiago Beraldo, coordenador do Grupo Trabalho que criou o documento. Segundo ele, atualmente, a Reserva Extrativista Marinha de Soure (AM), Reserva Extrativista Prainha do Canto Verde (CE), a Reserva Extrativista do Rio Unini (AM), e a Reserva Extrativista Chico Mendes (AC) já desenvolvem a atividade. Como também as comunidades da Floresta Nacional do Tapajós (PA), da Floresta Nacional do Purus (AM), do Parque Nacional do Jaú (AM) e da Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA).
O próximo passo é a construção de um caderno de experiências. “Esse caderno estará pautado em aprendizados, com possibilidade de ser replicados em outros cenários – a partir de adequações, com base nas distintas realidades”, afirma Beraldo. Para isso, o ICMBio quer organizar um Seminário que contará com a participação de gestores, representantes de movimentos sociais e de povos e comunidades tradicionais.
Recursos para projetos
Além disso, o Instituto disponibilizou recursos financeiros para projetos que fomentem as ações de turismo comunitário, que é uma alternativa de renda às comunidades tradicionais que residem nas unidades de conservação. As propostas podem envolver capacitações, intercâmbios, visitas técnicas, oficinas, encontros, reuniões e mutirões comunitários, bem como o desenvolvimento de materiais didáticos, gráficos e audiovisuais destinados ao apoio ou disseminação das ações vinculadas a projetos apresentados pelas unidades de conservação. Serão R$ 40 mil por projeto, que deve estar alinhado com a publicação de Princípios e Diretrizes para o TBC.
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*Com informações da Comunicação ICMBio