Uma câmera com visão noturna flagrou a presença de uma onça-parda (Puma concolor) na floresta do Parque Estadual do Ibitiriá (RS). “É a primeira vez que essa espécie é registrada aqui no parque”, destaca o técnico ambiental Jefferson Floss, gestor da unidade de conservação. Ameaçado de extinção, o animal frequentemente é alvo de caçadores.
Também conhecido suçuarana ou leão-baio, o animal é o segundo maior felino do continente americano, atrás da onça pintada. Pode pesar até 75 kg e medir mais de 2 metros de comprimento. O animal tem hábitos noturnos e se alimenta de roedores, aves e peixes. De acordo com o gestor, pelas imagens, ainda não foi possível especificar se é macho ou fêmea.
A filmagem foi realizada por alunos do curso de medicina veterinária da Faculdade Murialdo, de Caxias do Sul. Orientado pelo professor Ricardo Stein, o estudo tem o objetivo de verificar a abundância e a diversidade de mamíferos de médio e grande porte no Parque Estadual do Ibitiriá. “Conhecer os hábitos das espécies que utilizam esse ambiente influencia na preservação do ecossistema e na conservação da biodiversidade”, ressalta o professor. Os dados preliminares do estudo indicam que a variedade e a quantidade de mamíferos no parque demonstram um elevado grau de conservação da área.
Conforme Floss, o intercâmbio entre unidades de conservação e comunidade acadêmica é benéfico para ambas. “É importante estimularmos a realização de estudos sobre a fauna silvestre. Para preservamos a nossa biodiversidade, temos que conhecê-la”, destaca o técnico ambiental.
A unidade de conservação ainda está em fase inicial de implantação, não estando aberta à visitação. Interessados(as) em realizar atividades de educação ambiental, atividades didáticas (aulas) e pesquisa científica, devem estabelecer contato com a gestão, através de e-mail: [email protected] ou telefone (54) 3202-1306 e 3223-4483.