Área de Proteção Ambiental da Serra de Sapiatiba
A Área de Proteção Ambiental da Serra de Sapiatiba foi criada em 1990 e corresponde a um território de 6 mi hectares no litoral do estado do Rio de Janeiro, entre os municípios de São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande.
Área de Proteção Ambiental da Serra de Sapiatiba |
Esfera Administrativa: Estadual |
Estado: Rio de Janeiro |
Município: Sao Pedro da Aldeia e Iguaba Grande |
Categoria: Área de Proteção Ambiental |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 6.000 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto Estadual de Criação n° 15.136, de 20 de julho de 1990. Plano Diretor –Deliberação CECA/CN Nº 4.512, de 01 de outubro de 2004. Plano diretor alterado pelo Decreto Estadual 41730, de 5 de março de 2009. |
Coordenação regional / Vinculação: a Apa da Serra de Sapiatiba, forma ainda parte do Parque Estadual da costa do Sol .
A gestão do parque é feita pelo INEA - possuindo conselho gesor tanto po parque quanto a APA o IPEDS Instituto de pesquisas e educação para o desenvolvimento sustentável vem trabalhando na apa da serra de sapiatiba desde 2003. |
Contatos: Telefone: (22) 2665-7470 [Inea] |
Índice
Localização
Localiza-se na chegada a são pedro da aldeia, no Rio de Janeiro, pode ser visto quando se chega pela via lagos, ou quando se chega pela rodovia Amaral Peixoto.
Como chegar
Pela via lagos ou pela rodovia amaral peixoto. O acesso é feito pela estrada da flecheira.
Ingressos
Não há cobrança de ingressos.
Onde ficar
Existem pequenas pousadas no seu entorno tanto em Iguaba quanto em São Pedro da Aldeia.
Objetivos específicos da unidade
Preservar a Mata Atlântica , preservar a unida floresta ombrófila da região dos lagos, guardar sítios arqueológicos, e a nascente dos rios que formam a bacia do rio Una.
Histórico
Era caminho de jesuítas para chegar a lagoa de juturnaiba, conservou-se como região agrícola até agora, sofre bastante a pressão antrópica, mas tem em seus moradores tradicionais a sua própria defesa.
Atrações
Caminhadas, casa de farinha, salina , vegetação densa, estrada de onde se visualiza toda a Região dos Lagos, serra de sapiatiba e o caminho dos Jesuitas.
Aspectos naturais
Relevo e clima
O ponto mais alto do relevo está a 316 metros de altitude, no resto do território, predominam as planícies, onde estão as moradias da população da APA. O clima é temperado, sendo quente durante o dia, e úmido e fresco à noite.
Fauna e flora
Problemas e ameaças
Invasões, proximidade das estradas, pressão urbana pelo crescimento da cidades.
Fontes
IPEDS - no site existem tres livros sobre a serra que podem ser baixados. o primeiro de 2004, o segundo de 2007, e o terceiro de 2014.
No primeiro livro em 2003, "Serra de Sapiatiba – Patrimônio Geológico, Ecológico e Cultural da Região dos Lagos", apresentamos a Sapiatiba sob o aspecto primeiro da observação dos fatos visíveis, que são a geologia, a hidrografia, a fauna e a flora. E em 2007, no livro "Serra de Sapiatiba - Caminho dos Jesuítas", falamos do papel histórico e estratégico da Serra para o caminho de integração da região, seguimos o caminho e descobrimos urnas enterradas, auxiliamos no registro do Quilombo de Sobara, que já fora de São Pedro, mergulhamos na história e revivemos fatos e roteiros. Implantamos caminhadas e acompanhamos cavalgadas. Em 2009, atendemos a uma solicitação da Via Lagos e fizemos o levantamento do estado da biodiversidade, usando como indicadores para tal os pássaros da Sapiatiba e a relação entre as invasões que se iniciavam. Ali chamamos a atenção para o fato: Foi dada ênfase à alteração do plano diretor da APA da Serra de Sapiatiba, objeto de estudo durante os anos de 2007/2008 e que foi estabelecido pelo Decreto Estadual 41.730, datado de 5 de março de 2009. Essa alteração vem atender à defasagem do Plano Diretor original apresentado em 2000 como medida mitigadora do impacto da abertura da estrada, e avaliada pelo grupo formado por sociedade civil e representantes de governo durante o ano 2001, ( grupo este que mais tarde veio a constituir o conselho gestor), entretanto esse mesmo Plano Diretor só foi publicado através da resolução CECA 4512, de 1º de outubro de 2004 (Mansur, D. et all. 2009) Durante esse tempo, a feição de certas áreas foi alterada pela pressão antrópica, causando motivos para a proposta enviada ao conselho diretor de modo que as áreas junto à RJ 106 e junto à Estrada da Capivara e Rua do Fogo fossem transformadas de áreas de uso agropecuário em áreas de ocupação controlada, já que essa ocupação se dera apesar dos esforços contínuos de quem queria a preservação contra aqueles que forçavam a ocupação. É bastante difícil conter o crescimento de cidades, principalmente junto a rodovias de alto interesse econômico na região. Assim, após discussões no âmbito do Conselho Gestor, durante o ano de 2008, foi publicado o novo Plano de Manejo da APA da Serra de Sapiatiba, com o Decreto Estadual 41730, de 5 de março de 2009. Parecia que a diversidade a ser preservada perdia seu terreno para a diversidade econômica, mas logo depois conseguimos, através de proposta do IPEDS ao INEA- DIBAP (Instituto Estadual do Ambiente — Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas), inserir as Serra de Sapiatiba e Sapiatiba Mirim nas áreas de ZCVS (Zona de Conservação da Vida Silvestre), além do Pântano da Ponta D’água, área no final da Via Lagos e a única restinga interior ainda preservada na Lagoa de Araruama. Ao inserir e obter aprovação dessas áreas na proposta do Parque da Costa do Sol, conseguiu-se obter novos incentivos para a área de Mata Atlântica fechada, ainda intacta, e ser alvo da obtenção de subsídios do Fundo de Compensação Ambiental, que só pode ser destinado a Unidades de Uso Integral. Após várias audiências públicas, também foi aceito e publicado o Decreto Estadual nº 42.929, de 18 de abril de 2011, para criação do Parque Estadual da Costa do Sol.
Perde-se de uma lado e ganha-se do outro. Ganhamos muito porque hoje temos a Guarda Ambiental do Parque, a Guarda Ambiental da Prefeitura de São Pedro da Aldeia e a Guarda Ambiental de Iguaba Grande, um esforço enorme da Secretaria Municipal de Ambiente, Lagoa, Pesca e Serviços Públicos de São Pedro da Aldeia, tentando preservar o ambiente, ordenar a ocupação desordenada e, principalmente, sensibilizar para o trabalho de aproximação com moradores da Sapiatiba. Esses moradores já identificaram a necessidade de reclamar do que eles percebem que possa atingir e diminuir a qualidade de vida na APA da Serra de Sapiatiba, ainda mais no que se refere aos fatores que possam afetar a beleza que é a paisagem da serra plena de vegetação verde, que colabora para temperaturas mais amenas, mesmo nos dias de maior calor deste verão de mudanças climáticas pelo qual estamos passando em 2014.
Portanto, hoje temos uma APA da Serra de Sapiatiba que é denominada Unidade de Conservação de Uso Sustentável, e sobrepondo essa APA, existe uma área composta pelas Serra de Sapiatiba e Serra de Sapiatiba Mirim acima de 70m aproximadamente e pelo Pântano da Ponta D’água, que compreendem a área do Parque da Costa do Sol, Unidade de Uso Integral de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) — Lei Federal 9605/98.