Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas
O Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas foi criado em 03 de abril de 2006, nos Municípios de Palmas e General Carneiro, Estado do Paraná. É o primeiro no Brasil a ser realizado com recursos de conversão de multas aplicadas pelo IBAMA em alguns proprietários de áreas no interior do RVS-CP.
Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Parana |
Município: General Carneiro (PR), Palmas (PR) |
Categoria: Refúgio de Vida Silvestre |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 16594,17 |
Diploma legal de criação: Decreto nº S/Nº, de 03/04/2006 |
Coordenação regional / Vinculação: |
Contatos: Endereço: Caixa Postal 127 - Centro - Palmas/PR - CEP: 85.555-000 E-mail: rvs.camposdepalmas@icmbio.gov.br |
Índice
Localização
O Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas está localizado nos municípios de Palmas e General Carneiro, Estado do Paraná na divisa com o Estado de Santa Catarina. Seu limite sul é a PRT-280, próximo às Usinas Eólicas de Palmas/PR e Água Doce/SC, sendo este último abrangido pela sua zona de amortecimento (ZA), definida em 500 metros em projeção horizontal, a partir de seu perímetro.
Como chegar
O acesso ao Refúgio para quem vem da capital Curitiba pode ser feito por três caminhos: pela BR-476, PR-153 e PRT-280 (sentido Lapa); BR-277, PR-153 e PRT-280 (sentido Palmeira); e BR-277, BR-373 e PR-459 (sentido Guarapuava), sendo todos os trechos.
Já para o acesso ao RVS - CP proveniente de outras regiões os principais aeroportos são: Aeroporto de Chapecó e Aeroporto Internacional Afonso Pena, localizados nos municípios de Chapecó/SC e Curitiba/PR, respectivamente. O aeroporto de Chapecó é o mais próximo, distante aproximadamente 129 km do Refúgio.
Para se deslocar do município de Chapecó/SC até o município de Palmas/PR o trecho mais utilizado é via SC-467 até um pouco a frente do município de Abelardo Luz e depois via PRT-280. O tempo de deslocamento é de 2 horas e 30 minutos.
Ingressos
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
Proteger ambientes naturais onde se assegurem condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória, especialmente os remanescentes de estepe gramíneo-lenhosa de floresta ombrófila mista, as áreas de campos úmidos e várzeas, bem como realizar pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades controladas de educação ambiental e turismo.
Histórico
É o primeiro Refúgio de Vida Silvestre no Brasil a ser realizado com recursos de conversão de multas aplicadas pelo IBAMA em alguns proprietários de áreas no interior da unidade.
O nome do Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas tem sua origem baseada em sua localização - aproximadamente 90% do mesmo encontra-se no município de Palmas - e em suas formações campestres - o município de Palmas encontra-se localizado na região dos Campos do Centro Sul do Estado.
Atrações
Aspectos naturais
Geologia
O RVS-CP localiza-se no contexto da Bacia do Paraná e está inserido em apenas um grupo litológico, o Grupo São Bento, em áreas de magmatismo mesozóico dos derrames da Formação Serra Geral. A Formação Serra Geral possui idades de formação associadas ao Jurássico e ao Cretáceo.
Hidrografia
A área do RVS-CP inclui parte de três importantes sub-bacias hidrográficas, do rio Chopim, rio Iratim e rio Jangada, todos afluentes da margem esquerda do rio Iguaçu.
Relevo e clima
Clima
A precipitação média total no período analisado é de 2.030 mm, com precipitação máxima absoluta em 24 horas de 133 mm. Com relação à média de dias de chuva no mês, verifica-se que esta varia entre 9 e 15 dias nos meses de agosto e janeiro/fevereiro, respectivamente, o que aponta para a inexistência de uma estação seca. A evaporação média total de 786 mm, quando comparada à precipitação média total, evidencia a existência de um importante superávit hídrico na região.
Fauna e flora
Fauna
Macroinvertebrados Aquáticos
Não foi observada nenhuma espécie endêmica de macroinvertebrados aquáticos nos corpos d ́água avaliados.
Foi registrado o bivalvia marisco-de-água-doce Diplodonexpansus, já incluso na lista do livro vermelho como ameaçado de extinção.
Como os demais moluscos bivalves de água doce, é um filtrador ativo, desempenhando um papel de extrema importância no meio ambiente. Integra a cadeia alimentar de vários vertebrados, entre os quais o homem. Pode ser utilizado como indicador de condições ambientais ou como biomonitor de alterações ambientais ou de poluição. É uma espécie de difícil identificação e muito confundida taxonomicamente.
Mastofauna
Em linhas gerais a mastofauna do RVS-CP é composta por mamíferos florestais, com mais de 1 kg de massa. Toda esta mastofauna inventariada sofre com a contínua pressão exercida pelo crescimento das populações humanas na região sul do Brasil.
Entre os animais encontrados estão o veado-campeiro (O. bezoarticus), o lobo-guará (C. brachyurus ), o tamanduá-bandeira (M. tridacylta) e o macaco-prego (S. nigritus).
Flora
A vegetação do RVS-CP está incluída na zona fitoecológica savana gramíneo-lenhosa e definida como “uma formação campestre entremeada de plantas lenhosas anãs, sem cobertura arbórea a não ser as faixas das florestas-de-galeria, presentes nos vales”.
As espécies componentes da comunidade florestal são típicas de florestas secundárias e não foi verificado nenhum endemismo local. A presença do gênero Pinus nas áreas de estudo é evidente, porém não existem elevados índices de contaminação biológica.
Problemas e ameaças
Entre as 53 espécies identificadas como ocorrentes na área do RVS-CP 21 (39,6%) são consideradas ameaçadas ou indicam necessidade de atenção.Existência de atividades de silvicultura e agricultura;
Extração ilegal de árvores na região, principalmente de Araucaria angustifolia e Ocotea porosa;
Existência, na porção leste da UC, de uma rede de transmissão de energia elétrica;
Emprego de técnicas inadequadas para a manutenção das estradas de terra, e;
Existência de caça, queimadas e atividade pecuária sem restrições e manejo adequado.
Fontes
http://repositorio.uniceub.br/bitstream/235/11082/1/eBook_Monumentos_Naturais.pdf