Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Rio Negro

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Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Rio Negro
Esfera Administrativa: Particular
Estado: Mato Grosso do Sul
Município: Aquidauana
Categoria: Reserva Particular do Patrimônio Natural
Bioma: Pantanal
Área: 7 mil hectares
Diploma legal de criação: Resolução CECA MS nº 010/2001 de 28/05/2001
Coordenação regional / Vinculação:
Contatos:

Localização

A Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Rio Negro (RPPN-FRN) está localizada na região Centro-Oeste do Brasil, no estado do Mato Grosso do Sul (MS) no chamado Pantanal da Nhecolândia.

Como chegar

Acesso: A RPPN-FRN situa-se a 240 km de Campo Grande, capital do estado e 120 km da cidade de Aquidauana. Campo Grande possui um Aeroporto Internacional e suas principais rodovias de acesso são BR 267 (Bataguassu - Campo Grande), BR 262 (Três Lagoas – Campo Grande), BR 163 (Cuiabá - Campo Grande). De Campo Grande até Aquidauana, o acesso é feito pela BR 262, rodovia pavimentada e em bom estado de conservação, porém sem acostamento. Este trajeto pode ser feito com veículos leves, com duração aproximada de uma hora e meia. Há também a opção de linha de ônibus intermunicipal. A partir de Aquidauana, a estrada para a RPPN-FRN é precária e não possui asfalto, sinalização ou manutenção rotineira, sendo necessário um veículo com tração nas quatro rodas e um guia. São aproximadamente 140 km que normalmente são percorridos em 5 horas, quando na estação seca. Não há ônibus no trecho, nem postos de gasolinas, restaurantes ou lanchonetes. Na estação chuvosa a viagem pode se prolongar por 12 horas ou mais, correndo-se o risco de atolamentos. O acesso à RPPN-FRN de avião dá-se o ano inteiro, já que a mesma possui pista de pouso com 900 m de comprimento e 20 m de largura. Os aviões, mono ou bimotores, podem partir de Campo Grande (uma hora de vôo) ou de Aquidauana (30 minutos de vôo). Porém, durante o período de chuva no Pantanal os vôos são condicionados ao tempo.

Ingressos

As atividades de visitação na Reserva podem ser consideradas de baixo impacto, pois além de terem que contar com um guia especializado, é desenvolvida em pequenos grupos de até 10 pessoas, que se mantêm nas trilhas, não se aproximam de ninhos ou ninhais e fazem o mínimo de barulho.

Onde ficar

Objetivos específicos da unidade

. Conservação dos ecossistemas nativos e proteção das populações de espécies típicas da região;

. Formação de uma base para pesquisas científicas no Pantanal sul-mato-grossense, como parte das atividades do Programa de implementação do Corredor de Biodiversidade Serra Maracaju-Negro;

. Desenvolvimento do ecoturismo como alternativa de atividade econômica sustentável, criando uma referência para outros proprietários interessados na atividade.

. Preservação do patrimônio arquitetônico e histórico da área.

Histórico

A Fazenda Rio Negro foi fundada no final do século XIX (1895) por Ciríaco da Costa Rondon e por mais de cem anos sua principal atividade econômica foi a pecuária extensiva tradicional. Em maio de 1999, a área foi adquirida pela Conservation International do Brasil (CI-Brasil), que em 2001 transformou 89% da área em RPPN.

Conhecida no país por ter servido de locação para as novelas “Pantanal” e “América”, desde 1999 a propriedade vinha sendo mantida pela Conservação Internacional, após sua aquisição com fundos doados pelo empresário e filantropo norte-americano Gordon Moore. Situada no Pantanal da Nhecolândia - uma das áreas mais bem preservadas do bioma -, a fazenda tem 90% de seu território protegido legalmente desde 2001. De uma área total de oito mil hectares, sete mil formam a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Rio Negro, que foi criada para consolidar um grande corredor de áreas protegidas no Pantanal sul-mato-grossense.

Em 2010, a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) anunciou que vendeu o imóvel para a Agropecuária Santana do Deserto.

Atrações

O avistamento de fauna é o principal motivo que atrai os visitantes para a região, principalmente as aves; os chamados observadores de aves – birders ou birdwatchers – tornaram-se o grupo de observadores da vida selvagem do planeta que mais cresce atualmente (Mourão, 2004). Outros atrativos da região são as paisagens formadas pelo conjunto de baías e salinas, assim como pelo próprio rio Negro e suas praias, numa região tida por muitos como uma das mais preservadas e belas do Pantanal.

Aspectos naturais

Relevo e clima

A RPPN Fazenda Rio Negro situa-se na porção sul do leque aluvial do rio Taquari. A área, cortada pelo rio Negro de leste a oeste, estende-se por duas sub-regiões do Pantanal: Nhecolândia e Abobral. A sub-região da Nhecolândia, maior porção da RPPN, apresenta relevo levemente ondulado, com partes mais elevadas (Pantanal alto) e baixas (Pantanal baixo), que contribuem para a formação de uma enorme diversidade de unidades de paisagem. Uma outra característica relevante da região são as centenas de bacias lacustres pouco profundas, que variam de levemente ácidas até altamente alcalinas, conhecidas como baías e salinas,respectivamente.

O clima da região pode ser caracterizado como tropical, megatérmico, com a precipitação total anual em de 1.182,5 mm. Há duas estações bem definidas, o período chuvoso, de novembro a março quando ocorre cerca de 72% da precipitação total anual, e um período seco, que vai de abril a outubro.

Fauna e flora

Dentro dos limites da RPPN Fazenda Rio Negro é possível observar uma grande quantidade de espécies de aves, mamíferos de médio e grande porte, de répteis e invertebrados. A compilação dos resultados das pesquisas realizadas na reserva revela que existem pelo menos 367 espécies de aves, 74 de mamíferos , 23 espécies de répteis e 20 de anfíbios, 94 de peixes e 36 espécies de invertebrados. Proporcionalmente, a fauna encontrada na RPPN Fazenda Rio Negro abriga mais da metade da fauna de vertebrados conhecida para todo o Pantanal.

A vegetação incorpora elementos florísticos de diferentes ecossistema. No mosaica de fisionomias vegetais que compõe a reserva, a área de savana totaliza 50% da RPPN.

Problemas e ameaças

Fontes