Parque Estadual Tainhas
Parque Estadual Tainhas |
Esfera Administrativa: Estadual |
Estado: Rio Grande do Sul |
Município: São Francisco de Paula |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 6.654,67 hectares |
Diploma legal de criação: Criado por meio do Decreto Estadual nº 23.798, de 12 de março de 1975. |
Coordenação regional / Vinculação: Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul. |
Contatos: Passo do S, 95420-000 Jaquirana, Rio Grande Do Sul
(054) 324439-61 E-mail: petainhas@sema.rs.gov.br Site: www.sema.rs.gov.br |
Índice
Localização
O Parque Estadual do Tainhas está numa área localizada nos municípios de Cambará do Sul e São Francisco de Paula incluindo os campos e matas do Vale do Rio Tainhas, no trecho entre os Arroios Teperinha e Junco.
Como chegar
Os acessos para chegar à Unidade de Conservação se dá através das seguintes rodovias: RS 235 – Liga Canela a São Francisco de Paula BR 453 – Liga Caxias do Sul a Tainhas RS 020 – Liga Cambará do Sul a Tainhas RS 486 – Liga Terra de Areia a Tainhas RS 484 e RS 020 – Liga Maquiné a São Francisco de Paula
Ingressos
A visitação oficial do Parque só ocorre para atividades didáticas, acadêmicas, reuniões de colegiados ou eventos realizados pela gestão da UC. O Parque não se encontra implementado, mas as principais áreas visitação tem livre acesso, como a cachoeira do Passo do S.
O acesso as cachoeiras do Parque são públicas, contudo as áreas particulares devem ter autorização dos proprietários pra ingressar, como p.ex. no Passo da Ilha.
As visitações com fins pedagógicos devem ser agendadas com antecedência pelo e-mail do Parque Tainhas e devem seguir as regras de visitação do parque.
Onde ficar
Na região,encontram-se vários hotéis e pousadas.
Objetivos específicos da unidade
O Parque foi criado com o objetivo de proteger os campos e as matas do vale do rio Tainhas, abrangendo um trecho do rio que contém locais de significativa beleza cênica e potencial turístico.Outro objetivo de longo prazo esperado é a manutenção da qualidade das águas do rio Tainhas, tanto no interior como a jusante e a montante do parque, para conservação de sua fauna aquática endêmica e preservação de seu valor turístico.
Outro problema está em relação à população residente, pois as pessoas das comunidades vizinhas e os visitantes que frequentam o PE Tainhas fazem diversos usos dos ecossistemas e da biodiversidade do parque, explorando seus serviços e também modificando sua paisagem visando à prática de atividades com fins econômicos, de subsistência ou recreativos. A maioria desses usos causa algum tipo de impacto ao ambiente.
Histórico
O Parque Estadual do Tainhas é uma Unidade de Conservação de proteção integral gerida pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foi criado através do Decreto Estadual nº 23.798, de 12 de março de 1975. O parque abrange uma área de 6.654,66 hectares, parcialmente inserido nos municípios de São Francisco de Paula (20,6%), Jaquirana (69,8%) e Cambará do Sul (9,6%), região dos Campos de Cima da Serra – extremo nordeste do estado.
Embora a data de sua criação tenha sido em 1975, o Parque Estadual do Tainhas só começou a ser implantado em 2003 através do Projeto Conservação da Mata Atlântica no Rio Grande do Sul, que possibilitou a compra de bens e a elaboração do Plano de Manejo.
O Parque Estadual do Tainhas é considerado uma área prioritária para a conservação da
biodiversidade brasileira pelo Ministério do Meio Ambiente, apresentando importância biológica extremamente alta.
Atrações
O parque possui uma vasta biodiversidade da fauna e da flora. Já o município possui diversas cascatas, como, por exemplo, a do Passo do “S”, Rodeio das Pedras, Princesa dos Campos, dos Venâncios e o Ponto do Funil.
Aspectos naturais
O PE Tainhas possui uma área de 6.654,66 hectares, abrangendo terras dos municípios de Jaquirana (69,8% da área do parque), São Francisco de Paula (20,6%) e Cambará do Sul (9,6%).
A UC encontra-se no âmbito geográfico de ocorrência da savana gramíneo-lenhosa (campos de planalto) e da savana parque, ambas atualmente classificados como estepes. A savana ou estepe ocorre no setor norte do parque e estabelece a transição entre os campos de cima da serra e a floresta ombrófila mista montana (floresta com araucária) da calha do rio das Antas.
Relevo e clima
O clima da região do parque é subtropical úmido. A temperatura média anual está entre 14º e 16º C.
A região é caracterizada e dividida pelas colinas (montante), colinas e relevos residuais (intermediária) e relevos residuais (jusante).
Fauna e flora
Entre as espécies da fauna do Parque Estadual do Tainhas podemos destacar: veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus, Cervidae); puma (Puma concolor, Felidae); águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus, Accipitridae); urubu-rei (Sarcoramphus papa, Cathartidae); veste-amarela (Xanthopsar flavus, Icteridae); feltro-d´água (Oncosclera jewelli, Potamolepidae); lontra (Lontra longicaudis, Mustelidae); gralha-azul (Cyanocorax caeruleus, Corvidae); graxaim (Cerdocyon thous e Lycalopex gymnocercus, Canidae).
Em relação à flora, a região abriga matas com araucária, campos e banhados, em um gradiente que se desenvolve desde terrenos relativamente planos em sua porção sul até vales mais encaixados na porção norte. Ocorre predomínio de áreas campestres, onde são encontradas espécies como a seriema (Cariama cristata), a perdiz (Nothura maculosa), o tatu-mulita (Dasypus hybridus), o zorrilho (Conepatus chinga) e o graxaim-do-campo (Pseudalopex gymnocercus). Entre as espécies da flora ameaçada de extinção registradas no Parque estão o pinheiro-brasileiro (Araucaria angustifolia), a imbuia (Ocotea porosa) e o xaxim (Dicksonia sellowiana).
Problemas e ameaças
A UC vem enfrentando numerosas dificuldades para a sua implantação, destacando-se, nesse sentido, a inexistência de regularização fundiária, plano de manejo e Conselho Consultivo, e a carência de recursos humanos, infra-estrutura e equipamentos em geral.
Também constituem ameaças à unidade de conservação: a caça e a pesca predatórias, a conversão dos campos nativos em áreas agrícolas ou de silvicultura, as queimadas dos campos, o extrativismo vegetal (principalmente de pinhão) e a descaracterização e poluição de corpos d’ água.