Parque Estadual do Morro do Diabo

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Parque Estadual do Morro do Diabo
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Sao Paulo
Município: Teodoro Sampaio
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 33.845,33 hectares
Diploma legal de criação: Decreto Estadual N° 12.279/41, que cria a Reserva Estadual do

Morro do Diabo com 37.156,68 hectares; Decreto Estadual N° 25.342/86, que transforma a Reserva em Parque Estadual do Morro do Diabo com 34.441,08 ha; Decreto Estadual N° 28.169/88, que altera dispositivo do Decreto No 25.342 e atribui ao Parque Estadual do Morro do Diabo a área definitiva de 33.845,33 hectares.

Coordenação regional / Vinculação: Fundação Florestal
Contatos: pe.morrododiabo@fflorestal.sp.gov.br

Fone: (18) 32821599

Localização

22o 27’ a 22o 40’ de Latitude S e 52o 10’ a 52o 22’ de Longitude W

Como chegar

Através da SP-613 e estrada vicinal SPV 028 km11

Ingressos

Não há cobrança

Onde ficar

O Parque possui hospedaria, ao custo de R$ 19,00, com reservas feitas pelo telefone

Objetivos específicos da unidade

a) Proteger a maior amostra de Mata Atlântica de Interior do Estado de São Paulo, sua biodiversidade e os recursos genéticos de que dispõe, b) Proteger e conservar a maior população de Leontophitecus chrysopygus presentes na natureza, c) Resguardar a qualidade das águas interiores e sítios relevantes à conservação da ictiofauna do reservatório da UHE de Rosana, d) Proporcionar condições para o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre o ecossistema protegido, assim como suas interações com o entorno, condizentes com a categoria de manejo e com o zoneamento proposto, e) Propiciar condições para atividades de educação e interpretação ambiental sobre os recursos protegidos na Unidade, apoiando as iniciativas para a implantação do ecoturismo regional, f) Fomentar a utilização sustentável dos recursos naturais renováveis inseridos na zona de amortecimento e território de influência, g) Propiciar a conectividade do Parque aos fragmentos florestais do seu entorno, principalmente à Estação Ecológica do Mico-Leão-Preto, h) Desenvolver atividades ambientais compartilhadas com as demais Unidades de Conservação da região.

Histórico

Inspirado no Código Florestal de 1934 e influenciado pelo surgimento de Parques Nacionais como o de Iguaçu, no Paraná, e o de Itatiaia, no Rio de Janeiro, o então governador de São Paulo, engenheiro agrônomo Fernando Costa, criou, em 1941, a primeira Reserva Florestal do Pontal do Paranapanema, que ficaria conhecida como “Reserva Florestal do Morro do Diabo”. A reserva tinha área aproximada de 37.000 hectares e abrangia o 1o e 2o Perímetros do município de Presidente Venceslau. Em 1986 foi recategorizado como Parque Estadual.

Atrações

Morro do Diabo, com trilha de nível médio que leva ao seu topo, num altitude de 599,50m do nível do mar, sendo um dos pontos mais altos da região; Sede com 4 trilhas interpretativas com diferentes atrativos e diferentes temas; Rio Paranapanema que faz limite na porção Sul em 40km

Aspectos naturais

Mata Atlântica do Interior. Constitui a maior amostra de Floresta Tropical Estacional Semidecidual do Estado e uma das quatro únicas áreas de proteção com mais de 10.000 ha contendo esse tipo de vegetação do país. Zona de tensão ecológica entre a Mata Atlântica e o Cerrado, outrora refugio do pleistoceno.

Relevo e clima

A região apresenta relevo uniforme, suave ondulado, com declividades de 1 a 3 graus e altitudes que e crescem em direção aos rios Paraná e Paranapanema. A drenagem é de baixa densidade, com vales abertos e planícies aluviais. O ponto mais alto da região é o Morro do Diabo que está a 599,5 m acima do nível do mar. O clima de região é do tipo fundamental Cwa, ou seja, clima seco, verão quente e úmido e macrotérmico subtropical. O regime de chuvas da região é presidido pelo relevo e pela predominância das massas de ar. No verão, aflui a Massa Equatorial Continental quente, úmida e muito instável, que acarreta chuvas intensas e freqüentes. No inverno, a região é invadida pelas Massas Tropical Atlântica e Equatorial Atlântica, secas e instáveis, produzindo um período seco bem definido. A pluviosidade apresenta valores entre 1.100 mm e 1.300 mm anuais. As temperaturas oscilam entre 13°C (maio a agosto) e 32°C (janeiro a março). A temperatura média anual da região é de 21°C.

Fauna e flora

Segundo a classificação adotada pelo IBGE (VELOSO et al. 1991), a vegetação da região corresponde ao tipo Floresta Estacional Semidecidual, que se caracteriza pela ausência de coníferas e pela perda parcial de folhas em decorrência da baixa precipitação pluviométrica no inverno. Dentre as formações florestais brasileiras esta é, sem dúvida, a que sofreu desmatamento em mais larga escala, principalmente nas regiões cuja topografia facilita o uso do solo para a agropecuária. Pela abundância de espécies arbóreas de alto valor econômico, tais como a peroba, o ipê, o jatobá e o angico, essa floresta foi severamente devastada, fazendo com que as espécies da fauna fossem reduzidas e ou confinadas em alguns poucos fragmentos florestais e no PEMD, onde estão protegidas. Atualmente, a região é coberta por cerca de 5% da vegetação original espalhada por centenas de fragmentos florestais. Por ser considerada uma área de extrema importância biológica, constitui o mais alto nível de prioridade para a conservação da Mata Atlântica. A fuana é riquissima, e possui a maior população de mico-leão-preto (Leonthopitecus chrysopigus), além de grandes felinos como onças-pintadas, pardas, jaguatiricas, também possui uma significativa população de antas (Tapirus terrestris) e mais 55 espécies de mamíferos; 290 espécies de aves, 490 espécies de lepidópteros, entre outras

Problemas e ameaças

Caça e pesca. Tráfego de veículos leves e pesados pela rodovia SP-613, com alto grau de impacto sobre a biota da unidade. Utilização de fogo e agrotóxicos em monoculturas contíguas ao Parque.

Fontes

Instituto Florestal (2006).Plano de Manejo do Parque Estadual do Morro do Diabo. disponivel em http://fflorestal.sp.gov.br/files/2012/01/morrododiabo.pdf

Um dos últimos refúgios de Mata Atlântica, que protege espécies ameaçadas de extinção e de extrema exuberância em sua vegetação, com enclaves de caatinga e cerrado, além de um limite aquático de 40km que permite a navegação e contemplação da mata repleta de grandes perobas-rosa, figueiras, paus-d'alho, jequitibás, jatobás. Possui 5 trilhas interpretativas, com diferentes temas, com infraestrutura, placas e painéis; possui hospedaria, quiosques, banheiros e um pequeno museu natural com espécies da fauna local, incluindo as espécies endêmicas de lepidopteros e peixes.