Parque Estadual das Lauráceas
O Parque Estadual das Lauráceas foi criado em 1979, com o objetivo de conservar importantes remanescentes de uma outrora vasta biodiversidade paranaense, e promover a visitação pública, pesquisa e educação ambiental. Lauráceas é atualmente o maior parque estadual do Paraná.
Fique por dentro das novidades do Parque Estadual das Lauráceas no Blog do WikiParques
Parque Estadual das Lauráceas |
Esfera Administrativa: Estadual |
Estado: Parana |
Município: Tunas do Paraná (PR), Adrianópolis (PR) |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 30.001 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto Estadual n° 719, de 27 de junho de 1979 (Criação); Decreto Estadual n° 5894 de 10 de outubro de 1989 (Ampliação); Decreto Estadual n° 4362 de 08 de dezembro de 1994 (Ampliação); Decreto Estadual n° 5167, de 30 de julho de 2009 (Ampliação) |
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Ambiental do Paraná |
Contatos: Instituto Ambiental do Paraná
Telefone: (41) 3213-3700 Unidade de Conservação do Parque Estadual das Lauráceas E-mail: ucsparana@iap.pr.gov.br Telefone: (41) 3213-3462 |
Índice
Localização
O PEL está localizado na porção nordeste do Estado do Paraná, próximo à divisa com o Estado de São Paulo, nos municípios de Adrianópolis e Tunas do Paraná (Microrregiões Geográficas nº35 e nº37). Estes municípios fazem parte da Região Metropolitana de Curitiba - RMC e suas sedes encontram-se, respectivamente, a 127 km e 74 km da capital.
24°40’44’’S (extremo norte); 24°58’39’’S (extremo sul);
48°32’17’’W (extremo leste); 48°44’29’’W (extremo oeste)
Como chegar
A única forma de acessar o Parque é utilizando-se de automóvel, uma vez que não há linhas regulares de ônibus que atendam a região.
O acesso pode ser feito por duas rodovias federais distintas: a BR-476, conhecida como Estrada da Ribeira; e a BR-116, rodovia Régis Bittencourt que liga Curitiba a São Paulo. Ambas em ótimo estado de conservação. A BR-476 está em fase de pavimentação, já tendo atingido as proximidades do acesso ao Parque Estadual de Campinhos, durante a elaboração deste Plano de Manejo. Deve-se, porém, observar que, por ter sido aproveitado seu antigo traçado, é uma estrada muito sinuosa que requer atenção redobrada e baixas velocidades.
As estradas não pavimentadas encontram-se em bom estado de conservação (abril/junho de 2002), com cobertura de saibro em quase toda sua extensão, e permitem o tráfego de automóveis normais de passeio. Atualmente, apenas nos dois quilômetros finais, entre a sede da fazenda da madeireira Berneck e o portão de entrada do Parque, pode haver situações em que motoristas de veículos de passeio encontrem maiores dificuldades, devido a um íngreme aclive, além de um ou dois pontos de erosão na estrada. Assim, veículos com tração integral (4x4) ou traseira são recomendados, mas não obrigatórios, exceto em épocas chuvosas, quando a referida rampa torna-se muito escorregadia e dificulta, senão impede, a subida de veículos com tração dianteira.
Ingressos
Por não dispor ainda da infra-estrutura necessária, o Parque nunca foi aberto à visitação pública para fins educativos e recreacionais e sua utilização atual tem sido limitada à realização de visitas técnicas e algumas pesquisas científicas.
Onde ficar
--
Objetivos específicos da unidade
Tem como objetivo básico a preservação dos ecossistemas naturais e o incentivo a pesquisa cientifica.
Histórico
O Parque Estadual das Lauráceas foi criado em 1979, originalmente com uma área de apenas 9.700 hectares. O parque passou por três decretos de ampliação. Em 1989, passou para 23.863 hectares (Decreto n° 5.894); em 1994, passo a ter 27.524 hectares (Decreto n° 4.362) e, por último, em 2009, o parque passou pela sua última ampliação, que determinou a extensão atual de 30.001 hectares. Lauráceas é atualmente o maior parque estadual do Paraná.
O nome adotado para o Parque Estadual das Lauráceas (PEL) foi motivado pela grande ocorrência de exemplares da família botânica “Lauraceae” (canelas em geral) na área onde se encontra a Unidade.
Atrações
Gruta do Pimentas, Gruta do Leão... O cenário do Parque Estadual das Lauráceas inclui cachoeiras, pequenas cavernas, lagoas, nascentes de rios e ambientes florestais conservados.
Aspectos naturais
Inserido em uma região caracteristicamente montanhosa e com vales profundos, o PEL abriga uma extensa rede de drenagem, protegida pela Floresta Atlântica, onde também estão presentes cavernas e formações calcárias associadas a uma significativa biodiversidade. Constituindo-se um dos últimos remanescentes de Floresta Atlântica na região, o PEL possui atributos naturais que o enquadram em uma região estratégica em relação ao Componente Corredor Central da Mata Atlântica, estabelecido para possibilitar a efetiva conservação da diversidade biológica no Brasil.
Relevo e clima
Predomina Cfb (Köeppen): subtropical úmido mesotérmico, com ocorrência de geadas severas e freqüentes, sem estação seca definida; temperatura média anual entre 17oC e 18oC; pluviosidade entre 1400 a 1500 mm/ano; umidade relativa entre 80% e 85%.
Geologia/geomorfologia: Inserido na margem SE da Plataforma Continental Sulamericana, nas unidades geológicas do Cinturão Móvel Ribeira, Grupo Açungui, Formações Setuva e Capirú. Encontra-se no 1° Planalto Paranaense, com relevo montanhoso e vales profundos (cotas altimétricas entre 100 m e 1.226 m).
O Parque Estadual das Lauráceas está inserido na porção leste da Bacia Hidrográfica do Ribeira.
Fauna e flora
Na flora da região foram identificadas 750 espécies, 39 ameaçadas, com destaque para o palmito-juçara (Euterpe edulis) e lauráceas: imbuia (Ocotea porosa) e canela-coqueiro (Ocotea catharinensis).
Na fauna foram 291 espécies de aves (25% endêmicas), sendo 7,6% ameaçadas de extinção, como: jacutinga (Pipile jacutinga), gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus), curió (Orizoborus angolensis), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) e gavião-pombo-grande (Leucopternis polionota). 76 espécies de mamíferos (grande número destas raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção): onça-parda (Puma concolor) e felinos em geral; paca (Agouti paca), anta (Tapirus terrestris), veados (Mazama spp.), queixada (Tayassu pecari) e lontra (Lutra longicaudis).
Problemas e ameaças
Extração de palmito, caça, captura de animais silvestres, fogo, espécies exóticas (samambaia, pinus, lírio-do-brejo, capins para pastagens), desmatamentos e exploração seletiva, depredações em grutas e cavernas próximas aos limites do PEL.