RPPN Reserva do Jacob
RPPN Reserva do Jacob |
Esfera Administrativa: Particular |
Estado: Minas Gerais |
Município: Nova Ponte-MG |
Categoria: Reserva Particular do Patrimônio Natural |
Bioma: Cerrado |
Área: 358,33 ha |
Diploma legal de criação: Portaria IBAMA Nº 123/97 de outubro de 1997. |
Coordenação regional / Vinculação: |
Contatos: telefone: (34) 3088 4947 |
Índice
Localização
A RPPN Reserva do Jacob está localizada no triângulo mineiro, entre os córregos do Atoleiro e a propriedade do Sr. Maurício Petronilho, localizada no município de Nova Ponte, onde é formada uma grande e imponente península na margem esquerda do Rio Araguari, na porção final do reservatório formado pela barragem da UHE Miranda. Nesse trecho, às margens do Rio Araguari, estão reunidos os principais ecossistemas identificados na bacia, tais como cerrado, matas seca (mesófila) e ciliar, capoeiras e campos, além de pasto e pasto sujo. A propriedade está localizada entre os paralelos 19º06’ e 19º10’S e os meridianos 47º45’ e 47º47’W e limita-se a noroeste/norte/nordeste pelo Rio Araguari, a leste, ao sul e a oeste por divisas de propriedades rurais. A Reserva fica distante cerca de 21,2 km do município de Nova Ponte, 50 km de Indianápolis, 90 km de Uberlândia, 110 km de Uberaba, 130 km do município de Araxá.
Como chegar
O principal acesso se dá pela rodovia BR-452 e por estradas vicinais, próximas a Nova Ponte, Indianápolis e Uberlândia.
Ingressos
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
Os objetivos específicos de manejo da RPPN Reserva do Jacob priorizam a proteção e preservação da unidade. Os objetivos seguem descritos abaixo: - Contribuição para a conservação da diversidade biológica da parcela do Bioma Cerrado onde ocorrem as Savanas e as Florestas Estacionais; - Proteção das espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção encontradas em seus limites; - Promoção da recuperação (induzida e espontânea) de áreas alteradas pela ação antrópica; - Garantir a proteção da mata ciliar do córrego do Atoleiro; - Influenciar regionalmente a sociedade em torno da importância da conservação e proteção do bioma Cerrado.
Histórico
A propriedade onde foi criada a RPPN Reserva do Jacob foi apontada durante os estudos ambientais da Usina Hidrelétrica de Miranda, como sendo a melhor área, dentro do perímetro de influência da mesma, para se criar uma Unidade de Conservação. À época da elaboração do primeiro documento sobre a RPPN Reserva do Jacob, entre 1987 e 1988, os estudos indicaram que essa área possuía representatividade dos ecossistemas presentes na região, estando em bom estado de conservação e que ainda abrigava remanescentes da fauna local. Sua criação surgiu da obrigatoriedade imposta no âmbito dolicenciamento ambiental da UHE Miranda
Atrações
Aspectos naturais
Relevo e clima
A RPPN Reserva do Jacob, de acordo com a ótica de novos conceitos geológicos, está inserida no planalto Uberlândia, Domínio Morfoestrutural - Bacias e Coberturas Sedimentares Fanerozóicas, que contemplam Planaltos e chapadas desenvolvidos sobre rochas sedimentares, horizontais a sub-horizontais, eventualmente dobradas e falhadas, em ambientes de sedimentação diversos, dispostos nas margens continentais e/ou interior do continente, conforme classificação do IBGE (2006). São características estratigráficas da região da RPPN Reserva do Jacob: - Os aluviões e sedimentos argilosos não consolidados, com areias e cascalhos subordinados, por vezes parcialmente capeados por colúvios, ocorrentes nas margens do rio Araguari; - Formação Serra Geral - basaltos toleíticos de granulação fina e afanítica, em 4 derrames, intercalados, presentes nas partes de maior altitude; - Complexo Basal, com predominância de gnaisse do embasamento cristalino, com xistos do grupo Araxá e granitos subordinados e indivisos, identificados na porção peninsular da reserva. Das unidades geomorfológicas principais, destacam-se os granito-gnaisses do embasamento pré-cambriano e os basaltos da Formação Serra Geral. O contato entre o basalto inferior e as rochas pré-cambrianas é difícil de ser observada diretamente, face o grau de intemperismo dos gnaisses. No entanto, pode ser observado esse contato na área da reserva onde, acima da cota 750 m, predominam os basaltos e, abaixo desta, na península formada pelo rio Araguari, ocorrem os granito-gnaisses do embasamento pré-cambriano. Nas regiões de ocorrência do basalto predominam os relevos suaves e os solos mais profundos, como o Latossolo roxo e, em menor proporção, os solos rasos, como os Cambissolos e Litossolos, localizados nas bordas dos derrames em relevos acidentados. Nas partes de ocorrência do embasamento pré-cambriano predomina o relevo forte ondulado a escarpado, isto é, topografia predominantemente acidentada com solos rasos e afloramentos de rocha, exceto para uma área ao longo da margem do rio Araguari que é plana e com solos profundos. Segundo a classificação de KÖPPEN, o clima da região é definido como Awa (clima quente, subdomínio sub-quente e semiúmido com duas estações bem definidas), com a temperatura média mensal superior a 18 °C e precipitação média anual superior a 750 mm, concentrada no verão. A precipitação anual varia em geral entre 1.350 mm a 1.600 mm, com um desvio anual nas proximidades da UHE MIRANDA em torno de 20%. A temperatura média anual varia de 18° a 24 °C, considerando os meses de junho e janeiro, respectivamente. Os ventos apresentam uma velocidade média entre 2 e 3 m/s, provenientes principalmente do leste. A radiação oscila entre 475 (no verão) e 350 cal/cm² (no inverno). A evapotranspiração atinge o pico de 123 mm em outubro, e um mínimo de 77 mm em junho.
Fauna e flora
Problemas e ameaças
Fontes
- Plano de Manejo da Reserva.