Mosaico da Amazônia Meridional
O Mosaico da Amazônia Meridional (MAM) é uma iniciativa de gestão territorial que tem como objetivo conter o avanço do desmatamento na Amazônia. O MAM abrange uma região com cerca de 7,1 milhões de hectares conhecida como “Arco do Desmatamento”, por conta do desmatamento que avança no sentindo norte do Brasil. Inclui os limites dos Estados de Mato Grosso, Amazonas, Rondônia e Pará.
Mosaico da Amazônia Meridional |
Esfera Administrativa: |
Estado: Amazonas |
Município: |
Categoria: Mosaico |
Bioma: Amazônia |
Área: 7.114.471,43 hectares |
Diploma legal de criação: Portaria de Reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente nº 332, de 25 de agosto de 2011. |
Coordenação regional / Vinculação: Parque Nacional Juruena |
Contatos: Telefone: (66)3521-1715 / CR-01-(69)3217-6520 |
Índice
Localização
As unidades de conservação do Mosaico da Amazônia Meridional estão distribuídas por três estados brasileiros: Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. O Mosaico abrange uma região com cerca de 7,1 milhões de hectares conhecida como “Arco do Desmatamento”, por conta do desmatamento que avança no sentindo norte do Brasil. Inclui os limites dos Estados de Mato Grosso, Amazonas, Rondônia e Pará.
Como chegar
Ingressos
Cada uma das unidades de conservação inseridas no Mosaico da Amazônia Meridional tem a sua própria política de visitação e de cobrança (ou não) de ingressos.
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
O Mosaico da Amazônia Meridional (MAM) é uma iniciativa de gestão territorial que tem como objetivo conter o avanço do desmatamento na Amazônia.
Histórico
O reconhecimento formal do Mosaico da Amazônia Meridional, ocorrido em 25 de agosto de 2011, por meio da portaria 332 do Ministério do Meio Ambiente (MMA), foi uma vitória da sociedade brasileira e da sociedade civil organizada que milita em prol da conservação ambiental na Amazônia. Foram quatro anos de preparação, até que o governo federal reconheceu que as equipes das áreas protegidas situadas entre os Estados do Amazonas, Mato Grosso e Rondônia tinham condições de estar juntas na construção de uma plataforma de trabalho que prevê a manutenção e conservação daquela parte da Amazônia.
Seu amplo território, sua população heterogênea, suas longas distâncias e sua importância climática e ambiental para todo o mundo fazem da efetivação do Mosaico da Amazônia Meridional um dos maiores desafios conservacionistas do país – e uma chance única que a sociedade brasileira tem de mostrar seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a concepção e a execução de uma nova forma de ver a Amazônia, que não envolva o esgotamento total de seus recursos, o desrespeito aos povos tradicionais e o atendimento único e exclusivo dos interesses econômicos.
Atrações
O Mosaico da Amazônia Meridional possui mais de 7 milhões de hectares e conta, em sua composição, com a representação de 40 Unidades de Conservação federais e estaduais .
Destacam-se algumas dessas UCs:
Parque Nacional dos Campos Amazônicos
Floresta Nacional de Jatuarana
Aspectos naturais
O mosaico encontra-se no interflúvio Madeira-Tapajós e engloba a bacia hidrográfica do baixo curso da margem direita do rio Madeira. A região envolve rios de águas claras como o encontro dos rios Juruena e Teles Pires, formando o rio Tapajós; como também inclui integralmente os rios Bararati, no Amazonas, e São Tomé, no Mato Grosso, como representantes desta bacia. Os rios da bacia do rio Madeira que cruzam o bloco são: Aripuanã, Guariba, Sucunduri, Roosevelt e Madeirinha. Com exceção do rio Sucunduri, que nasce dentro da área do mosaico, todos os outros vêm do Mato Grosso ou de Rondônia, cujas nascentes estão em áreas bem distantes da região.
O MAM está localizado na região de contato entre os biomas Amazônia e Cerrado.
Relevo e clima
A região do MAM fica no contato climático entre a região quente-úmida, porém sazonal do Brasil Central, onde predominam os cerrados, as florestas semi-decíduas e a região quente e úmida com período seco mais curto ou ausente, onde ocorrem as florestas e os campos ombrófilos, conhecidos como “amigos da chuva”, da bacia Amazônica. As variações em diferentes medidas climáticas de temperatura e precipitação apresentam o mesmo padrão, Norte-Sul, de distribuição espacial na região do bloco. A temperatura média anual ao longo desse gradiente varia de 22.9 a 27.5°C. Enquanto no sul a diferença de temperatura ao longo do ano é de 18.7 a 21.3°C, no norte não passa de 12.5°C. Chove muito em toda a região (1.460-3.037 mm anuais), com duas ilhas de maior pluviosidade (>2.400 mm) ao leste e ao norte do bloco. A região onde chove menos (<2.000 mm) fica ao sul do mosaico, no Mato Grosso e Rondônia e coincide também com período seco mais prolongado.
O clima na região do mosaico é, portanto, de transição entre um clima quente e sazonalmente úmido com um clima quente e frequentemente úmido. Este gradiente climático está em consonância com o gradiente latitudinal e com um suave gradiente altitudinal, além da circulação atmosférica e a dinâmica da chuva na Bacia Amazônica.
Fauna e flora
O Mosaico da Amazônia Meridional localiza-se em uma área isolada e bastante preservada da Amazônia Legal, de elevada importância biológica. No entanto, esta também é uma das regiões menos conhecidas cientificamente do Brasil e por isso considerada uma área prioritária para inventários faunísticos.
Para a região do Mosaico, estima-se que existam até 12 espécies de mamíferos ameaçadas de extinção.
Problemas e ameaças
O maior problema enfrentado pelas unidades do mosaico é o desmatamento.
Fontes
Portaria de Reconhecimento do Mosaico da Amazônia Meridional