Parque Estadual do Rio Turvo
O Parque Estadual do Rio Turvo possui 73.893 hectares, abrangendo áreas dos municípios de Barra do Turvo, Cajati e Jacupiranga. Protege uma das maiores extensões de floresta com araucária do Estado e grande concentração de espécies ameaçadas como o papagaio-de-peito-roxo.
Parque Estadual do Rio Turvo |
Esfera Administrativa: Estadual |
Estado: Sao Paulo |
Município: Barra do Turvo, Bocaiúva do Sul, Cajati, Campina Grande do Sul, Cananéia, Eldorado, Guaraqueçaba e Jacupiranga |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 73820,75 |
Diploma legal de criação: Lei complementar nº 12.810, de 21/02/2008 |
Coordenação regional / Vinculação: Fundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo |
Contatos: Avenida Clara Gionoti de Souza, 1139 - Centro - Registro/SP - CEP: 11.900-970
E-mail:' pe.rioturvo@florestal.sp.gov.br |
Índice
Localização
O Parque Estadual do Rio Turvo (PERT) – , localizado na área da Bacia do Ribeira de Iguape
Como chegar
O acesso ao Núcleo Capelinha do Parque Estadual do Rio Turvo se faz pela Rodovia Régis Bittencourt, Km 511/Sentido Sul.
O Núcleo Cedro esta localizado às margens da Rodovia Régis Bittencourt, Km 543/sentido Norte
Ingressos
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
Objetivos de conservação, de forma a compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional, em atendimento ao que dispõe o artigo 26 da Lei federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e seu regulamento.
Histórico
Antes de se tornar o Parque Estadual do Rio Turvo, a unidade estava situada dentro do Parque Estadual de Jacupiranga, que era considerado um dos maiores parques do Estado com 150 mil hectares.
Em fevereiro de 2008, o Parque Estadual de Jacupiranga recebeu uma nova atribuição e foi subdividido em 14 Unidades de Conservação, formando o Mosaico de Jacupiranga. Uma dessas unidades é o Parque Estadual do Rio do Turvo.
O nome faz referência a um dos principais afluentes do Rio Ribeira, o rio é encachoeirado e possui diversas quedas d’água pelo percurso, que alterna trechos mansos e correntezas. O parque se divide em três núcleos que são Capelinha, Serra do Cadeado e Cedro.
Em 1999, arqueólogos, geofísicos e biólogos, encontraram a poucos metros do Centro de Exposição, o esqueleto fossilizado de um homem, com aproximadamente 9 mil anos. O fóssil do Homem da Capelinha é considerado o mais antigo registro de ocupação humana dentro do Estado de São Paulo, posteriormente denominado pelos pesquisadores de “Luzio” (referência a Luzia, fóssil de esqueleto feminino encontrado em Belo Horizonte que viveu há mais de 11 mil anos, considerado o mais antigo das Américas). Luzio foi transferido para o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP em 2000.
A região também se destaca pela grande quantidade de Sambaquis (material formado de conchas característicos da antiga população do litoral). Historiadores afirmam que o local onde Luzio (habitante da região há 10 mil anos) foi encontrado pode ter sido um cemitério, onde os corpos eram cobertos por uma grande camada de conchas, formando os Sambaquis, atingindo entre 80 centímetros a 1 metro.
Atrações
Os três núcleos oferecem aos visitantes atividades ecoturísticas, com atrações como o Mirante do Aleixo, lugar a 1,1 mil metros de altitude que permite observar a cidade de Cajati e o mar de morros do parque; Cachoeira do Azeite, situada na nascente do Rio Azeite; a Gruta da Capelinha, onde ficou escondido o capitão Lamarca na década de 60; a Trilha da Cachoeira e a Trilha das Andorinhas.
O parque mantém uma relação muito forte com as comunidades locais. Atualmente, residem no entorno do parque vários grupos de populações tradicionais como quilombolas e caboclos, que viviam na região antes da criação da unidade. Essas comunidades se juntaram para criação de sindicatos, associações e cooperativas que criam projetos para promover a melhoria de vida da comunidade interagindo com a natureza.
Outro grande atrativo histórico que o Núcleo Capelinha possui é a passagem do Capitão Carlos Lamarca e seus 16 guerrilheiros da Vanguarda Popular Revolucionária (VRP) em 1969, durante a fuga da perseguição da ditadura brasileira. A Gruta da Capelinha e a Trilha do Lamarca são atrativos do parque que aliam história e natureza.
Aspectos naturais
Relevo e clima
Relevo
O relevo da Bacia do Rio Ribeira de Iguape é montanhoso, escarpado com morros e vertentes longas e muito inclinadas, apresentando muitos vales profundos e relativamente estreitos. As altitudes variam de 100 a 200 m, em partes baixas que estão em contato com a Depressão Tectônica do Baixo Ribeira, até 1000 a 1200 m nas partes mais altas, prevalecendo as altitudes médias de 700 a 900 m.
Clima
O sistema ambiental de morros e escarpas das serras do Mar e Paranapiacaba caracteriza-se por um clima extremamente úmido e temperaturas relativamente baixas. Chove o ano inteiro, com menos intensidade nos meses de junho, julho e agosto, apresentando pluviosidades mínima e máxima de 1000 mm/ano e 3000 mm/ano, respectivamente. As temperaturas são baixas, em função das latitudes, altitudes e frentes frias com variações mínimas de 11 a 20º C e variações máximas de 22 a 32ºC.
Fauna e flora
Fauna
Protege uma fauna com diversas espécies de invertebrados, anfíbios, répteis, aves e mamíferos,além de espécies ameaçadas de extinção como papagaio de peito roxo e onça pintada.
As principais espécies encontradas no parque são: Anta, capivara, raposas, jaguatirica, gato e cachorro-do-mato, garça, tiê-sangue, saíras, tucano, papagaio do peito roxo, beija-flores, periquitos, cobra-coral, jararaca, perereca-verde, cascudo, entre centenas de outros.
A fauna da região abriga grandes predadores como a harpia (Harpia harpija) e o uiraçu-falso (Morphnus guianensis) e mamíferos de grande porte como a onça-pintada (Panthera onca), a onça-parda (Puma concolor) e o mono carvoeiro (Brachyteles arachnoides).
Flora
Floresta Ombrófila Densa e Mista. O parque possui uma flora com diversas espécies da Mata Atlântica, entre suas espécies estão a canelas, o palmiteiro, a figueiras, coqueiro-jeriva e araucárias.
Problemas e ameaças
Fontes
http://www.ambiente.sp.gov.br/parque-rio-turvo/
http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/95716/paixao_ca_me_rcla.pdf?sequence=1