Parque Estadual Rio Canoas
Parque Estadual Rio Canoas |
Esfera Administrativa: Estadual |
Estado: Santa Catarina |
Município: Campos Novos |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: Abrange uma superfície de aproximadamente 1.133 ha. |
Diploma legal de criação: Decreto nº 1.871, de 27 de maio de 2004. http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2004/001871-005-0-2004-003.htm |
Coordenação regional / Vinculação: Fundação Estadual do Meio Ambiente-FATMA. |
Contatos: Sede da FATMA - Rua: Felipe Schmidt, 485 - Centro. Florianópolis - SC. CEP: 88010-001
Fone: (48) 3216-1700. Chefe do Parque - leila@fatma.sc.gov.br. 49-35413326. |
Índice
Localização
A unidade abrange o Município de Campos Novos e está localizada às margens do Rio Canoas na divisa com Abdon Batista.
Como chegar
A partir da sede Municipal de Campos Novos segue-se por 15 km pela rodovia BR 470 em sentido ao Rio Grande do Sul, até o trevo da estrada municipal que conduz a Abdon Batista, segue em direção a localidade de Ibicuí por mais 17 Km, orientando-se pelas placas indicativas.
Ingressos
Até o presente momento a UC não recebe visitantes.
Onde ficar
http://www.camposnovos.sc.gov.br/cms/link/link-cabecalho/codMapaItem/6496
Objetivos específicos da unidade
• Conservar uma amostra regionalmente importante de Floresta Ombrófila Mista em bom estado de conservação no Estado de Santa Catarina; • Garantir a estabilidade e propiciar a valorização da diversidade biológica dos diferentes ecossistemas e biótopos presentes na Unidade; • Proteger exemplares das espécies animais e vegetais raras e ameaçadas de extinção que ali ocorrem; • Promover a conservação e valorização dos ambientes lênticos presentes, representados pelos banhados e lagoas florestais de grande beleza cênica e importância à biodiversidade; • Contribuir para a manutenção e preservação dos ambientes rupícolas presentes no Parque e na Zona de Amortecimento; Fundação do Meio Ambiente – FATMA Plano de Manejo do Parque Estadual Rio Canoas - Encarte 4 4-5 • Garantir a recuperação ambiental das áreas degradadas e a sucessão natural das formações vegetais existentes no seu interior; • Contribuir para a conservação dos recursos hídricos da microbacia do lajeado do Roberto inserida na Zona de Amortecimento da Unidade de Conservação; • Incentivar a pesquisa científica em consonância com as prioridades de manejo e monitoramento do Parque e Corredores Ecológicos adjacentes; • Desenvolver programas de educação e interpretação ambiental no interior da Unidade, bem como atividades de conscientização e educação ambiental no entorno, buscando uma integração positiva; • Contribuir para o desenvolvimento do ecoturismo regional tendo o Parque como um pólo difusor de práticas que conciliem as atividades turísticas e a conservação da natureza; e • Incentivar o desenvolvimento socioeconômico sustentável e integrado nas comunidades do entorno
Histórico
A área do Parque pertencia a uma fazenda conhecida na região como Fita Amarela, nome da madeireira proprietária. Foi objeto da exploração seletiva de Araucaria angustifolia e de plantio de Pinus sp.. Posteriormente, foi adquirido pela Empresa Enercan como forma de compensação da UHE Campos Novos.
Atrações
A área em que o parque se encontra possui grande diversidade de fauna, flora e paisagens. Podem ser observados no parque diferentes fitofisionomias, além de espécies vegetais ameaçadas de extinção, como a Araucária e o Xaxim-bugio. A UC conta ainda com áreas, vegetação rupestre como cactus, entre outros. A mastofauna não é muito expressiva, no entanto, pode ser encontrada grande diversidades de aves. A geomorfologia é bastante cênica apresentando vales bem "encaixados", cânions e cachoeiras. A beleza hídrica, talvez seja o maior potencial do parque, novamente a diversidade encontrada, representada pelos rios e quedas d’água, pelas lagoas florestais e mesmo pelo grande vale do rio Canoas, que está para ser represado. Embora sejam na sua maioria cursos d’água com pequeno comprimento e com pequenas vazões, os rios do Parque são bastante encaixados e possuem margens protegidas. Com isso, devido às formas do relevo, possuem um regime torrencial com respostas rápidas para os volumes escoados durante eventos de chuvas intensas. O de maior expressividade é o lajeado do Roberto, que ainda resguarda uma grande surpresa pouco antes de despejar suas águas no rio Canoas: uma cachoeira de cerca de 60 metros. Em locais de saturação do solo e pequeno escoamento se encontram as lagoas do Parque, sendo as 2 maiores conectadas ao afluente do lajeado do Roberto. Algumas delas permanecem bastante escondidas nas matas formando ambientes peculiares de grande beleza cênica e importância ecológica. O parque conta também com um pequeno cemitério da vila d Ibicuí.
Aspectos naturais
A área do PERC é o maior remanescente da Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucárias) presente na região do entorno do reservatório do Aproveitamento Hidrelétrico de Campos Novos. Esse ecossistema florestal pertence ao Domínio da Mata Atlântica que se apresenta ameaçado de extinção em Santa Catarina.
Relevo e clima
O relevo apresenta áreas planas, inclusive com lagos, e declives de até 45º.
Predomínio do clima mesotérmico, úmido o ano inteiro, sem estação seca.
Fauna e flora
A fauna do PERC possui as suas espécies em comum com as da Floresta Atlântica como já está extinta Panthera onca (onça pintada), Pandion haliaetus (águia-pescadora), aves como Molothrus bonariensis (vira-bosta ,também chamada chopim-gaudério), Fluvicola nengeta (lavadeira-mascarada) e Netta erythrophthalma (paturi-preto). Algumas espécies ameaçadas de extinção como: leão-baio (Puma concoloar), jaguatirica (Leopardus pardalis), gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus), gato-maracajá (Leopardus wiedii), e as aves papagaio-do-peito-roxo (Amazona vinacea) e papagaio-charão (Amazona pretrei).
A flora que compõe a região do parque é composta por espécies como Araucaria angustifolia (pinheiro-brasileiro), com um sub-bosque formado por expressivo número de espécies arbóreas pertencentes à família Lauraceae tais como Ocotea pulchella (canela-lageana) (considerada como uma das espécies mais importantes nestas comunidades), Nectandra lanceolata (canela-amarela), Cryptocarya aschersoniana (canela-fogo), Nectandra megapotamica (canela-fedida) e Ocotea puberula (canela-guaicá); destacam-se ainda dentre as principais árvores Matayba elaeagnoides (camboatá-branco), a Capsicodendron dinisii (pimenteira), Lamanonia speciosa (guaperê), Myrcianthes gigantea(guamirim-araçá), Luehea divaricata (açoita-cavalo), Prunus sellowii (pessegueiro-bravo), Myrcia obtecta (guamirim), Cupania vernalis (camboatá-vermelho), Campomanesia xanthocarpa (guabirobeira) e Ilex theezans (congonha); e dentre as arvoretas aparecem rimys brasiliensis (casca-d’anta), Allophylus guaraniticus (vacunzeiro), Casearia decandra (guaçatunga), Ilex dumosa (caúna) e I. brevicuspis (caúna).
Problemas e ameaças
O Parque Estadual Rio Canoas, a segunda UC criada para proteção da Floresta Ombrófila Mista, ainda deixa a desejar quanto a satisfazer essa necessidade de proteção.
Flora ameaçada de extinção como araucária (Araucaria angustifolia), xaxim (Dicksonia sellowiana), imbuia (Ocotea porosoa) e canela-sassafrás (Ocotea odorifera).
Fauna ameaçada de extinção como os mamíferos leão-baio (Puma concoloar), jaguatirica (Leopardus pardalis), gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus), gato-maracajá (Leopardus wiedii), e as aves papagaio-do-peito-roxo (Amazona vinacea) e papagaio-charão (Amazona pretrei).
Fontes
Plano de Manejo: http://observatorio.wwf.org.br/site_media/upload/gestao/planoManejo/Encarte_2_perc_final.pdf